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BC avalia ser pouco provável elevar ritmo de corte dos juros básicos

Diretores do Copom anteveem a manutenção de baixas de 0,5 ponto percentual da taxa Selic nas próximas reuniões do colegiado 

Economia|Do R7

BC cortou a Selic em 0,5 ponto, para 12,75% ao ano
BC cortou a Selic em 0,5 ponto, para 12,75% ao ano

O BC (Banco Central) divulgou nesta terça-feira (26) a ata com as motivações que resultaram na segunda redução consecutiva de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, de 13,25% para 12,75% ao ano, o menor patamar em 16 meses.

O documento assinado pelos diretores que integram o Copom (Comitê de Política Monetária) prevê a manutenção do ritmo de cortes para as próximas reuniões, com baixa probabilidade de reduções mais bruscas. 

"O Comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva", avalia o BC.

Ainda assim, a ata condiciona as reduções dos juros ao cumprimento da meta fiscal. "O Comitê avalia que parte da incerteza observada nos mercados, com elevação de prêmios de risco e da inflação implícita, estava anteriormente mais em torno do desenho final do arcabouço fiscal e atualmente se refere mais à execução das medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço e o atingimento das metas fiscais", diz o texto.

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O alerta dos diretores do BC leva em conta que a autoridade monetária mantém uma política contracionista na tentativa de direcionar a inflação para a meta, enquanto o governo tem elevado seus gastos em um movimento expansionista que pode resultar em um aumento dos preços.

"Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reforça a importância da firme persecução dessas metas", defende a ata.

Juros em queda

Para as próximas reuniões, a ata destaca que, se confirmado o cenário esperado, os membros do Copom, unanimemente, anteveem novas reduções de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. Eles avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

"O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos", ressalta a ata.

Na avaliação do ambiente econômico atual, o Copom destaca que o "ambiente externo mostra-se mais incerto", com os bancos centrais das principais economias do mundo determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas.

"O Comitê notou a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambas exigindo maior atenção por parte de países emergentes", afirma a ata.

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