A situação nada favorável vivida pelo setor imobiliário trouxe um panorama diferente para o 11º Feirão da Casa Própria, que neste ano tem como principal atrativo os imóveis de até R$ 190 mil, que se enquadram no Programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo o superintendente da Caixa Econômica Federal, Paulo Galli, o objetivo de direcionar os negócios para o Minha Casa Minha Vida reduziu um pouco os negócios envolvendo imobiliárias.
Ele afirma que, somente em São Paulo, estão disponíveis mais de 80 mil imóveis, sendo 20 mil deles (25%) focados no programa habitacional do governo. Confira a lista completa dos 80 mil empreendimentos aqui.
— O público-alvo do evento são as famílias com renda mensal de até R$ 5.000, com o valor de avaliação e venda de R$ 190 mil. Então, nossa concentração é muito mais voltada para os financiamentos para o Minha Casa Minha Vida e com recursos do fundo de garantia.
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Juros altos
Na semana passada, a Caixa Econômica Federal elevou pela segunda vez no ano a taxa para o financiamento imobiliário. Galli, no entanto, afirma que "não foi um aumento tão expressivo" e avalia que esse movimento é uma resposta ao direcionamento dos juros básicos da economia.
— A gente não acredita que isso [alta dos juros] vai coibir o financiamento imobiliário, até porque já tivemos taxas muito maiores no passado. Mas é importante que a taxa de juros reflita o momento em que se está vivendo.
Segundo o diretor de negócios da construtora Cury, Leonardo Mesquita, a empresa trouxe para as mesas de negociação do evento imóveis com variação de preço entre R$ 135 mil e R$ 350 mil. Ele comenta que a segunda alta de juros seguida não afeta os compradores que buscam por empreendimentos nessa faixa de preço.
— A taxa de juros não impacta tanto os imóveis do Minha Casa Minha Vida, porque eles seguem com as mesmas condições de financiamento.