Confiança empresarial apresenta alta de 0,8% em janeiro e volta a subir após quatro meses de quedas
Apesar do resultado, 37% dos comerciantes planejam reduzir contratações em janeiro, maior taxa desde junho de 2023
Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou alta de 0,8% em janeiro de 2024. A taxa positiva, que alcançou 109,1 pontos, interrompe uma sequência negativas de quatro meses. As informações foram divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que atribuiu os resultados para uma “melhor percepção sobre o consumo atual”. Na contramão, 37% dos comerciantes planejam reduzir as contratações previstas para o começo do ano, o maior índice já registrado desde junho de 2023.
O presidente da CNC, José Roberto Trados, afirma que as taxas podem ser um sinal positivo para o começo de 2024. “Aponta um otimismo moderado, aliado à melhora das condições atuais do setor, mas com a prudência necessária diante do atual cenário”, explicou.
A pesquisa também mostrou um aumento de 0,3% nas expectativas dos empresários. “Esse resultado significou a saída das taxas anuais negativas, indicando um retorno à estabilidade entre janeiro de 2024 e 2023”, diz o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
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A confiança dos empresários do comércio foi o que mais cresceu durante o período. O estudo justifica a taxa positiva pelos resultados das vendas nos últimos meses. No dia 17 de janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou uma estabilidade no volume de vendas do varejo em novembro de 2023 em comparação ao mês de outubro.
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Em comparação com novembro de 2023, o índice cresceu 2,2%, a sexta variação positiva consecutiva. O estudo também mostrou que as vendas subiram em 18 a 27 unidades da federação na comparação anual.
Sem contratações
O estudo também revelou que 37% dos empresários planejam diminuir as contratações previstas para o mês de janeiro. Novamente, o resultado é o maior nível registrado desde junho de 2023. Esse número também reflete a preocupação dos consumidores com o mercado de trabalho.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em novembro do ano passado pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado naquele mês foi de 7,5%.
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O número de desempregados ficou estável, com 8,2 milhões de pessoas. É o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões de brasileiros procurando trabalho.