Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Dólar comercial sobe pela quinta vez seguida e vale R$ 3,48

Moeda norte-americana subiu 0,48% após ultrapassar a barreira de R$ 3,50 pela primeira vez em quase dois anos

Economia|Do R7

Dólar bateu R$ 3,51 na máxima do dia
Dólar bateu R$ 3,51 na máxima do dia Dólar bateu R$ 3,51 na máxima do dia

O dólar subiu pela quinta vez seguida nesta quarta-feira (25) e fechou o dia cotado a R$ 3,48 após ultrapassar a barreira de R$ 3,50 pela primeira vez em quase dois anos.

Na sessão, a moeda norte-americana registrou alta de 0,48%, negociada a R$ 3,486, maior nível de fechamento desde 13 de junho de 2016 (R$ 3,4867). Na máxima deste pregão, a moeda norte-americana foi a R$ 3,5164.

Leia também

Em cinco sessões seguidas de alta, o dólar acumulou ganho de 3,13% e, no mês, a valorização já chegou a 5,63% até agora.

A alta da moeda foi impactada pelo cenário externo em meio a leituras de que o aperto monetário nos Estados Unidos pode ser mais firme do que o inicialmente previsto e afetar o fluxo de capital global.

Publicidade

"É fato que o intervalo de oscilação do dólar já mudou, mas é cedo para dizer qual é. Parece que R$ 3,50 viraram novo teto", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel. Até pouco tempo, o teto que o mercado trabalhava era de R$ 3,30.

A continuidade da valorização do dólar seguiu refletindo as preocupações sobre possível alta de juros mais forte do que o inicialmente previsto nos Estados Unidos, em meio às fortes altas dos rendimentos norte-americanos nos últimos dias.

Publicidade

Mais inflação demandaria atuação mais firme do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que poderia subir os juros mais rapidamente e acabar atraindo recursos aplicados hoje em outros mercados financeiros, como o brasileiro.

"[Como] sinais de que pressões inflacionárias subjacentes continuam a aumentar, as autoridades [do Fed] podem... sugerir que vão acelerar o ritmo de aperto durante o resto do ano", escreveu a empresa de pesquisas macroeconômicas Capital Economics, em relatório.

Publicidade

Neste ambiente, o dólar atingiu mais cedo alta de quatro meses contra uma cesta de moedas e avançava sobre divisas de países emergentes, como o peso chileno.

Ambiente político

O cenário político e jurídico local também justificou a cautela dos investidores nesta sessão, sem que um candidato que tenha demonstrado comprometimento com o atual ajuste fiscal despontasse nas pesquisas para o pleito de outubro.

No cenário jurídico, os investidores também reagiram com temor às eventuais implicações da decisão do Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirar dos processos que estão nas mãos do juiz federal Sérgio Moro trechos de delações feitas por executivos da Odebrecht que implicam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Há o temor de que abra alguma brecha que livre Lula", afirmou Battistel, da Fair.

O ex-presidente, que lidera as pesquisa de intenção de voto, é considerado pelo mercado menos comprometido com o ajuste das contas públicas. Lula está preso após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ação do BC

O avanço do dólar tem levado muitos agentes do mercado a especular sobre eventual atuação mais forte do BC (Banco Central) no mercado cambial.

Nesta sessão, no entanto, o BC manteve seu ritmo e vendeu todo o lote de até 3.400 swaps cambiais — equivalentes à venda futura de dólares —, rolando US$ 2,210 bilhões do total de US$ 2,565 bilhões que vence em maio.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

Em 3 de maio também vencem US$ 2 bilhões em leilão de linha, venda de dólares com compromisso de recompra, segundo dados do BC.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.