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Economia brasileira encolhe 0,2% no primeiro trimestre

Este é o primeiro resultado negativo do Produto Interno Bruto após oito trimestres seguidos de alta, segundo dados do IBGE

Economia|Fernando Mellis, do R7

Indústria registrou a pior queda
Indústria registrou a pior queda

A economia brasileira encolheu no começo deste ano. O PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre registrou queda de 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2018, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (30). 

Este é o primeiro resultado negativo do Produto Interno Bruto após oito trimestres seguidos de alta.

A soma de todos os bens e serviços produzidos no país nos primeiros três meses de 2019 foi de R$ 1,714 trilhão.

Quando a comparação é feita com mesmo período do ano passado, o PIB apresenta alta de 0,5%. 


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A economia registra alta de 0,9% no acumulado de abril de 2018 a março de 2019, em comparação com igual período anterior. 


O pior desempenho foi o da indústria: -0,7%, o que afetou, pelo lado da despesa, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), que é basicamente a construção e aquisição de máquinas e equipamentos, com queda de 1,7%.

Segundo o IBGE, a queda industrial foi puxada pela indústria extrativa (-6,3%), da construção (-2%) e de transformação (-0,5%). Setores como eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos tiveram alta de 1,4%.


"A indústria extrativa mineral teve o efeito da queda da barragem em Brumadinho, que afetou também a produção em outras minas", explica Amanda Tavares, economista da coordenação de Contas Nacionais do IBGE.

A agropecuária encolheu 0,5% no primeiro trimestre. A supersafra do ano passado não se repetiu em 2019 e também houve problemas climáticos que afetaram a safra. 

No entanto, o IBGE considera mais fiél a comparação do setor agropecuário com o mesmo trimestre do ano anterior, já que o campo tem a questão da sazonalidade. Nesse contexto, a queda foi de 0,1%. 

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O único setor a registrar alta foi o de serviços (0,2%), puxado principalmente pelo consumo das famílias, com alta de 0,3% e dos gastos governamentais (0,4%).

As exportações de bens e serviços caíram -1,9%. Já as importações registraram alta de 0,5%, no comparativo do 1º trimestre de 2019 com o 4º trimestre de 2018. 

A taxa de investimento no período registrou leve alta, de 0,3 ponto percentual, e ficou em 15% do PIB. A taxa de poupança caiu (de 15,4% para 13,9% do PIB).

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