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Economia em baixa e inflação alta devem deixar juros básicos em 11% ao ano

Especialistas dizem que cenário econômico forçará o Banco Central a manter Selic inalterada

Economia|Joyce Carla, do R7

Nesta quarta-feira (3), o comitê vai divulgar a decisão
Nesta quarta-feira (3), o comitê vai divulgar a decisão Nesta quarta-feira (3), o comitê vai divulgar a decisão

O cabo de guerra entre a inflação em alta e a economia em baixa deve fazer com que a taxa básica de juros, a Selic, permaneça em 11% ao ano pela quinta vez neste ano, de acordo com economistas.

Esses juros são definidos pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) em uma reunião de dois dias. Nesta quarta-feira (3), o comitê vai divulgar a decisão.

O diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, afirma que tendo em vista o fato de a inflação estar bem acima do centro da meta do governo, que é de 4,5% (com teto em 6,5%), “deveríamos ter uma elevação da taxa básica de juros”.

— Entretanto, como o Banco Central já promoveu nove elevações seguidas da Selic, e os últimos dados do IBGE que apontaram retração econômica, acreditamos que será mantida a taxa básica de juros aguardando todos os efeitos que ainda se farão sentir nos próximos meses.

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O economista e professor da Universidade Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, concorda e explica que o BC olha simultaneamente para a inflação e para o crescimento da economia.

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— A estagnação que aconteceu agora é também fruto da elevação da taxa de juros, como uma tentativa de trazer a inflação para perto do centro da meta. Se a economia permanecer estagnada pode ter influência nas decisões futuras do Copom. Além disso, olhando para o futuro, se a queda na economia se mantiver, vai contribuir para que a inflação ceda e, aí sim, o Copom talvez diminua os juros.

O coordenador do curso de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina), Reginaldo Gonçalves, também acredita na manutenção da Selic em 11% ao ano, mesmo com sinais de “estagflação”.

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— A indústria continua patinando em suas operações, não conseguindo competitividade para seus produtos. O consumidor está cada vez mais exigente e quer pagar um preço justo. Assim, muitos acabam buscando no produto importado o que, muitas vezes, não há no nacional: preço.

A superintendente financeira da Sorocred, Mary Helen Souto, afirma que só há perspectiva de mudanças na taxa básica de juros a partir do próximo ano. Segundo ela, nas reuniões do Copom de outubro e de dezembro, o Banco Central deve manter os 11% ao ano, aguardando que a inflação diminua.

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