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Evite torrar grana na Black Friday. Saldões após Natal podem ter preços melhores

Preços dos produtos nas queimas de estoque vão depender do volume de vendas até o Natal

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Para gerente da Netshoes, descontos nos saldões após Natal podem ser melhores que os da Black Friday
Para gerente da Netshoes, descontos nos saldões após Natal podem ser melhores que os da Black Friday Para gerente da Netshoes, descontos nos saldões após Natal podem ser melhores que os da Black Friday

Com as primeiras edições marcadas pela maquiagem de preços e atrasos nas entregas, a Black Friday no Brasil continua sendo uma dúvida para quem quer comprar produtos com desconto. Uma alternativa para os indecisos podem ser os saldões de início de ano. A tradicional queima de estoque desse período é marcada por ofertas atraentes após as vendas de Natal.

De acordo com o coordenador dos programas de MBA do Insper, Silvio Laban, as sobras da Black Friday ainda têm condições de serem vendidas até o Natal, o que faz com que os descontos de janeiro possam valer mais a pena para o bolso do consumidor, porque as indústrias estarão interessadas em renovar os estoques.

— O consumidor deve ser sábio. Ele deve analisar os descontos que pode ter eventualmente na Black Friday e, a partir disso, tomar uma decisão consciente e não impulsiva, até porque vão existir outras oportunidades de consumo mais para frente.

Renato Mendes, gerente de comunicação e marketing da Netshoes, afirma que os saldões começam a acontecer logo após o Natal em todos os setores do varejo. Segundo ele, os descontos do período podem ser melhores do que os praticados durante a Black Friday, caso as vendas não sejam condizentes com as expectativas.

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— Se a gente tiver algum produto com um estoque muito alto e estiver chegando uma coleção nova, é possível que ele tenha um preço mais atraente do que esse [da Black Friday], mas não é o objetivo.

O diretor executivo do comparador de preços Zoom, Thiago Flores, por outro lado, garante que as melhores oportunidades serão ofertadas nesta sexta-feira (28), pois a Black Friday já é a principal data promocional do varejo. Segundo ele, existem produtos que nunca mais alcançaram o mesmo valor após o evento do ano passado.

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— É o momento para comprar. Não vale a pena esperar até janeiro. A data forte mesmo é a Black Friday. Se é um produto que é da necessidade do usuário e está com um bom preço, eu acho que tem que aproveitar.

O economista Laban, do Insper, reforça que a Black Friday brasileira é a cópia de um evento criado nos Estados Unidos e que acontece um dia após o Dia de Ação de Graças, feriado norte-americano. Para o professor, o varejo local aproveita o espírito de união das famílias e inicia o processo de vendas para o Natal com o evento.

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— A gente não tem Ação de Graças. Então, a gente coloca a Black Friday como se fosse um dia promocional qualquer e as empresas estão utilizando isso como se fosse uma ferramenta para tentar alavancar já algumas compras de Natal neste momento.

13º salário

A Black Friday deste ano será realizada no mesmo período em que a primeira parcela do 13º salário cairá na conta de milhões de brasileiros. Esse fator deve impulsionar ainda mais o evento de descontos no País, segundo especialistas.

Um levantamento realizado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) ao longo do mês de outubro mostra que os consumidores estão cautelosos e devem usar a primeira fatia da remuneração extra para pagar dívidas em atraso (28,9%). Apesar disso, a quantidade de interessados em gastar com a compra de presentes cresceu entre 2013 e 2014 e agora representa 20% do total de entrevistados.

Para Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, o evento no mesmo dia do primeiro depósito do 13º vai ajudar o comerciante que apostou na data. De acordo com ele, a parcela sempre ajuda o crescimento das vendas do setor.

— Embora muita gente já tenha comprometido antecipadamente [o salário extra], uma parcela sempre sobra para incentivar o consumo. O 13º é muito importante para as vendas de final de ano, porque é um volume bastante substancial de dinheiro que é injetado no mercado.

De acordo com Pedro Eugênio, idealizador da Black Friday no Brasil, além do salário adicional, a atual situação econômica do País vai fazer da terceira edição do evento vantajosa àqueles que desejam comprar os produtos ofertados. Isso porque, com a economia mais lenta em 2014, os estoques estão maiores neste ano, e, portanto, as chances de descontos são maiores.

— O varejo vai aproveitar a Black Friday e o Natal para queimar estoque, porque eles estão com muitos produtos dentro de caixa. Então, quem ganha com isso é o consumidor, que vai ter descontos melhores. (...) Por outro lado, o 13º também vai chegar no dia da ação. Juntando essas duas coisas, a gente acha que a Black Friday tem tudo para ser especial.

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