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Em julho, a inflação oficial caiu 0,68%, o menor resultado da série histórica do índice, iniciada em janeiro de 1980, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mesmo com a variação negativa, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registra alta de 10,07% no acumulado dos últimos 12 meses. Além disso, a queda em julho foi provocada principalmente pela redução de impostos incidentes sobre produtos como combustíveis e energia, o que não garante que os alimentos e outros itens continuem em alta
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"Essa deflação mostra que a queda de itens com muito peso no IPCA puxa todo o índice para baixo e reflete que o índice no negativo não necessariamente significa que os preços de forma geral estão caindo", afirma Tatiana Nogueira, economista da XP Investimentos. Para Rodrigo Sodré, economista e sócio da BRA, mesmo com uma safra boa, os preços dos alimentos ainda estão pressionados e, principalmente, o segmento de serviços
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De acordo com estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a faixa da população que recebe até três salários mínimos (R$ 3.636) não se beneficia com a queda desses preços, já que produtos mais consumidos têm um peso maior no custo de vida dessas famílias. O IPC FX, índice que mede a inflação na cidade de São Paulo por faixa de renda, mostra que em julho a alta foi 0,40% para essa parcela, enquanto para as famílias que recebem acima de oito salários mínimos (R$ 9.696) houve queda de - 0,11%. Veja nas fotos a seguir os produtos que mais subiram nos últimos 12 meses, segundo o IPCA
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Mamão – 99,39%
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Melancia – 81,60%
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Passagem aérea – 77,68%
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Cebola – 75,15%
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Morango – 73,86%
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Batata-inglesa – 66,82%
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Leite longa vida – 66,46%
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Óleo diesel – 61,98%
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Melão – 61,17%
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Café moído – 58,12%
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Pepino – 53,18%
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Transporte por aplicativo – 49,78%
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Manga – 47,51%
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Banana-d'água – 42,87%
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Leite e derivados – 41,21%
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Seguro voluntário de veículos – 40,47%
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Alface – 38,65%
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Cenoura – 37,82%