Leilão trouxe os melhores operadores de aeroportos do mundo, diz ministro
Para Moreira Franco, privatização traz concorrência e qualidade de serviço para o Brasil
Economia|Vanessa Beltrão, do R7
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, disse, nesta segunda-feira (25), que o leilão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ) “foi extremamente positivo”.
Em encontro do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em São Paulo, o ministro ressaltou que, com a licitação, o grupo que arrematou o terminal do Rio inclui o melhor operador do mundo, Changi, que administra o aeroporto de Cingapura. Já o grupo que levou o aeroporto de Minas Gerais conta com a operadora Flughafen Zurich, responsável pelo melhor terminal da Suíça, o melhor da Europa.
— Nós vamos ter um ambiente de concorrência. Vamos permitir que todos nós possamos estar no aeroporto e ver qualidade nos serviços prestados e rapidez no atendimento.
Para Moreira Franco, em cerca de três anos, “estaremos com 200 milhões de passageiros por ano” e, para tanto, é necessário garantir um transporte mais eficaz e moderno. Além disso, como o Brasil vai sediar a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, o fluxo de passageiros internos e de estrangeiros vai crescer.
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Leilão
Na última sexta-feira (22), o aeroporto do Galeão foi arrematado por R$ 19,018 bilhões pelo consórcio Aeroportos do Futuro, composto pela Odebrecht e pela operadora de aeroportos Changi, de Cingapura. A proposta representou um ágio de quase 300% sobre o lance mínimo definido pelo governo (R$ 4,82 bilhões).
Já um lance de R$ 1,820 bilhão levou o terminal de Confins, em Minas. A oferta foi feita pelo consórcio AeroBrasil, que inclui a CCR e a operadora suíça Flughafen Zurich AG. Com os dois aeroportos, o governo arrecadou R$ 20,838 bilhões. O valor foi menor do que o de fevereiro de 2012, quando foi realizada a licitação dos terminais de Viracopos (SP), Guarulhos (SP) e Brasília (DF). A arrecadação total foi de R$ 24,5 bilhões com as concessões.
Congonhas
Apesar de dois dos aeroportos de São Paulo serem privatizados, Moreira Franco desconversou sobre a possibilidade de Congonhas, administrado pela Infraero, também ser leiloado. De acordo com o ministro, o grande problema do terminal seria a impossibilidade de uma ampliação, pois ele se localiza dentro da cidade.
— Você acha que alguém vai comprar aquilo que não se pode ampliar? É algo que tem que se pensar e fazer uma programação de médio e longo prazo.
Licitação internacional
Segundo o ministro, será feita também uma licitação internacional para contratar uma consultoria com o objetivo de melhorar os padrões e práticas da SAC (Secretaria de Aviação Civil) e da Infraero. A intensão é fazer com que os aeroportos correspondam às expectativas.