Atualmente, não é difícil ver alguém procurando áreas com internet disponível para mandar ao menos uma mensagem rápida pelo smartphone. Apesar disso, quem precisa entrar na rede por algum ponto de Wi-Fi público no Brasil, se depara com muito mais orelhões do que áreas que emitem sinais de acesso.
Ao todo, 159.270 pontos de acesso Wi-Fi estão disponíveis no País, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), número de áreas cinco vezes menor do que os 845 mil telefones públicos instalados em território nacional.
A situação pode ser ainda pior se você não estiver na região Sudeste, local onde estão localizados mais de 50% (81.110 mil) dos pontos. Em seguida aparecem o Nordeste, o Sul e o Centro-Oeste, com 20%, 16% e 7%, respectivamente. A região Norte é a que conta com a menor quantidade de áreas (4%).
Entre os Estados, o Rio de Janeiro lidera a lista, com 40.355 pontos de acesso e é seguido por Minas Gerais (30.941) e Bahia (14.156). Já São Paulo, Estado mais populoso do País, aparece como a região com menor número de áreas Wi-Fi entre as Unidades da Federação das regiões Sul e Sudeste, com 3.887 espaços com internet.
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Do número total de acessos listados pela Anatel, 98% deles (156.374 mil) são públicos e gratuitos. Segundo o presidente da Teleco, Eduardo Tude, a instalação desses pontos de internet móvel nos orelhões é uma das ideias para manter os aparelhos ativos.
— Ou ele [orelhão com acesso Wi-Fi] vai servir para as redes pagas, ou, no caso dos gratuitos, ele teria propaganda. Essa é uma das propostas para gerar uma receita adicional para o Tup [Telefone de Uso Público].
Visando justamente encerrar os prejuízos trazidos pelos telefones públicos, a Oi, responsável por 74% dos aparelhos do Brasil, afirma que já desenvolve projetos-piloto de orelhão com Wi-Fi gratuito, em processo de implantação no município de Florianópolis (SC).
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