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Telefones públicos dão prejuízo de R$ 500 milhões por ano em média

De acordo com dados da Anatel, 16% dos orelhões estão atualmente em manutenção

Economia|Alexandre Garcia, do R7

Atos de vandalismo são a principal causa dos prejuízos
Atos de vandalismo são a principal causa dos prejuízos

Os quase 850 mil telefones públicos no Brasiltêm causado problemas para as operadoras responsáveis pelos equipamentos. De acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), cada aparelho gera um prejuízo médio de R$ 600 por ano, valor que resulta em um rombo de mais de R$ 507 milhões aos cofres das companhias.

A Oi, empresa responsável por 74% dos aparelhos no Brasil, informa que realiza cerca de 300 mil visitas mensais para efetuar manutenção e reparos em orelhões. Segundo a operadora, a maioria dos problemas ocorre em função do vandalismo, o que prejudica o entendimento das orientações descritas nos aparelhos.

— Grande parte [dos defeitos apresentados] são em virtude de atos de vandalismo, além das pichações e colagem indevida de propagandas nos aparelhos e nas folhas de instrução de uso.

A Telefônica, operadora com 23% dos aparelhos nacionais, todos localizados no Estado de São Paulo, também afirma ser afetada pelas depredações dos equipamentos.


— Todos os meses, um volume expressivo de cúpulas, postes e aparelhos sofrem atos de vandalismo, exigindo medidas adicionais para que os orelhões estejam à disposição do público. 

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País tem cinco vezes mais orelhões do que áreas com internet Wi-Fi

De acordo com Eduardo Tude, presidente da Teleco, a única forma de os telefones públicos sobreviverem é as empresas encontrarem uma função para que os aparelhos paguem sua própria manutenção e justifique a ocupação do espaço público.


— O aparelho está ocupando o espaço urbano da calçada e ele não pode ser algo que degrade o ambiente, que fique largado, sujo, quebrado (...) Então, ele tem que ser revitalizado e, para que isso seja viável economicamente, ele deve ter outras funções além do uso somente de emergência.

Segundo Tude, o lucro obtido pelas empresas com os orelhões caiu de modo efetivo nos últimos quatro anos.

— Para se ter uma ideia, em 2010, conseguia-se uma receita liquida mensal por TUP [Telefone de Uso Público] em torno de R$ 45. Em 2013, isso já tinha caído para R$ 4.

Na última consulta realizada pelo R7 antes da publicação desta reportagem, realizada no dia 5 de agosto, 16% dos orelhões públicos (136.692) encontravam-se em manutenção.

Soluções

Eduardo Tude frisa que além dos telefones públicos servirem para realizar e receber ligações, eles têm que ter outras funções que gerem uma receita adicional para diminuir o prejuízo. Algumas das soluções sugeridas por ele são a instalação de acesso à internet nos aparelhos e um espaço destinado para propaganda nas cabines.

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Como possíveis soluções para manter os orelhões, as empresas buscam alternativas inovadoras. A Oi afirma que vem adotando algumas iniciativas para dar mais utilidade aos telefones públicos, como a gratuidade nas chamadas locais originadas de orelhões para telefones fixos da companhia.

A Telefônica, por sua vez, promove a Call Parade, operação na qual promove pinturas diferentes nos orelhões, sempre com temas específicos.

Segundo a Anatel, a última resolução aprovada para o uso dos aparelhos traz algumas inovações com o intuito de possibilitar a melhoria do modelo de negócios dos orelhões para os próximos anos, com destaque para os novos meios de pagamento e receitas com chamadas patrocinadas e publicidade dentro das cabines.

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