Os dados divulgados hoje (15) da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, confirmaram o ditado popular de que "está sobrando mês no fim do salário" para os brasileiros. A renda média dos trabalhadores fechou em R$ 1.895 no trimestre encerrado em outubro de 2015, uma queda de R$ 19 em relação à média salarial do mesmo período de 2014, quando o salário médio era de R$ 1.914.
Além de perder R$ 19 na renda, o trabalhador sentiu no bolso a alta de R$ 49,85 no valor da cesta básica. Em agosto de 2014, a cesta básica custava R$ 285,57, em média, e subiu para R$ 335,42, no mesmo mês do ano seguinte, de acordo com o levantamento mensal feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas Econômicas).
Considerando a queda na renda e o aumento dos preços, o trabalhador perdeu R$ 68,85 no seu poder de consumo em um ano. Um impacto de 3,63% na renda média.
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A Pnad pesquisa os dados econômicos de 211 mil famílias em 3.500 cidades do País, incluindo as capitais e municípios das regiões metropolitanas. A análise do custa da cesta básica do Dieese é feita em 18 cidades, de todas as regiões, e apura o preço de 13 itens: carne, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Em agosto de 2015, as cidades com a cesta básica mais cara foram: Porto Alegre (R$ 387,83), São Paulo (R$386,04), Florianópolis (R$ 372,79) e Rio de Janeiro (R$ 361,93). As capitais com o menor preço foram: Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286,36), Salvador (R$ 305,11) e João Pessoa (R$ 307,39).