A remuneração média recebida pelos brasileiros ficou estável em R$ 2.880 no primeiro trimestre de 2023. O valor, 0,66% maior em relação aos três meses anteriores, só aumentou devido aos ganhos da região Nordeste.
Mesmo com a elevação de 3%, de R$ 1.920 para R$ 1.979, o salário médio recebido pelos trabalhadores do Nordeste continua o menor de todas as regiões do Brasil. Os dados foram revelados nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Conforme os números da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Centro-Oeste é a região com a maior renda média dos trabalhadores, de R$ 3.347, mesmo após a queda de 0,44% registrada nos primeiros três meses deste ano.
Nas regiões Norte, de R$ 2.258 para R$ 2.224, e Sul, de R$ 3.180 para R$ 3.136, as variações negativas das remunerações médias foram de, respectivamente, 1,5% e 1,4%. Já no Sudeste, o indicador ficou estável ao subir de R$ 3.228 para R$ 3.251.
Massa de rendimento
A soma dos rendimentos brutos recebidos por todas as pessoas ocupadas também ficou estável no primeiro trimestre e foi estimada em R$ 277,2 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 250,2 bilhões), houve crescimento do valor.
Regionalmente, o Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real ao longo da série histórica, tendo registrado R$ 142,3 bilhões nos primeiros três meses deste ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2022, as regiões Norte e Sul tiveram redução estatisticamente significativa da massa de rendimento e, nas outras regiões, foi observada estabilidade.