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Trabalho informal e por conta própria reduzem desemprego

Cerca de 820 mil pessoas conseguiram emprego nessas duas situações

Economia|Do R7, com Estadão Conteúdo

Quase meio milhão de pessoas entraram para a informalidade
Quase meio milhão de pessoas entraram para a informalidade Quase meio milhão de pessoas entraram para a informalidade

Um total de 722 mil brasileiros saiu da fila do desemprego no último trimestre (maio, junho e julho), na comparação com o trimestre anterior (fevereiro, março e abril). O resultado é explicado porque 819 mil pessoas entraram na informalidade ou começaram a trabalhar por conta própria entre os dois períodos.

Dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o número de trabalhadores empregados sem carteira assinada cresceu 4,6% entre os dois trimestres. Em números absolutos, isso significa que 468 mil pessoas entraram para a informalidade, totalizando 10,7 milhões de pessoas — em um ano, a informalidade subiu 5,6%, com acréscimo de 566 mil pessoas.

Com relação aos trabalhadores por conta própria, a alta no trimestre foi de 1,6%, com acréscimo de 351 mil pessoas, totalizando 22,6 milhões nessa condição de trabalho.

Na comparação entre os quatro últimos trimestres (mai-jul 2017 ante ago-out 2016), a alta é ainda maior, de 4%. Com 882 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria entre os períodos, esse indicador voltou ao nível de um ano atrás, quando havia exatamente 22,6 milhões de pessoas nessa condição de trabalho.

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"Existe sem dúvida uma recuperação acontecendo em termos quantitativos, de geração de postos. Mas a qualidade desses postos é questionável, uma vez que dois terços deles estão nessa plataforma informal", avalia Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

— Se não houver um processo de recuperação imediata, ou de médio prazo, de entrada de trabalhadores formalizados no mercado de trabalho, isso pode gerar problema futuro. Essas pessoas não estão cobertas pela Previdência, não têm acesso a seguro desemprego. Isso pode até atrapalhar o comércio.

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Segundo Azeredo, o aumento da informalidade dificulta a recuperação da atividade econômica. "O País não se desenvolve em cima de uma plataforma informal", resumiu.

Carteira assinada

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Os números do IBGE mostram que há poucas oportunidades para voltar ao mercado com a carteira assinada. Comparando os últimos dois trimestres, o número de trabalhadores com carteira passou de 33,28 milhões para 33,34 milhões, alta de 0,1%. 

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando havia 34,3 milhões de trabalhadores com carteira, a queda é de 2,9%, ou 1 milhão de postos a menos.

Apesar da alta pequena no último trimestre, foi a primeira vez em três anos que a PNAD Contínua registrou alta na formalidade do trabalhador.

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