Brasil tem 7,3 milhões de estudantes universitários, diz MEC
Ingresso de alunos cresceu 3,8% na comparação com o ano passado
Educação|Carolina Martins, do R7, em Brasília
O Censo da Educação Superior divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) nesta terça-feira (9) aponta que a quantidade de alunos matriculados nas universidades públicas e privadas do País cresceu 3,8% em 2013 na comparação com 2012, passando de 7,03 milhões para 7,3 milhões.
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Apesar de positiva, a expansão foi menor do que a registrada em 2012, quando o setor cresceu 4,4%.
Na rede pública, a alta das matrículas foi de 1,9% enquanto na privada o aumento foi de 4,5%. Nos últimos 10 anos, o número de ingressantes em cursos de graduação aumentou 76,4%, passando de 1,5 milhão para 2,7 milhões de alunos.
Para o ministro da Educação, Henrique Paim, essa desaceleração é natural já que o patamar atingido já é alto. Segundo ele, a tendência natural é que o ritmo fique cada vez menor, mas aposta no Fies (Financiamento Estudantil) e no ProUni (Programa Universidade para Todos) para manter o crescimento das matrículas no ensino superior.
— Tem que se considerar que quando chegamos em um determinado patamar o ritmo tende a diminuir, é natural que ocorra isso. Nós viemos de um volume de matrícula relativamente baixo em 2003, para um volume de matrículas de 7,3 milhões em 2013. É natural que o crescimento de matrícula não ocorra no mesmo ritmo.
Ele lembrou que o ritmo tende a aumentar na medida em que o ProUni (Programa Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) sejam conhecidos pelos alunos de ensino superior.
O Censo do Ensino Superior foi criado pelo MEC (Ministério da Educação) para reunir estatísticas sobre instituições, matrículas, ingressos, concluintes, cursos de graduação e sequenciais. Estes dados contribuem para o cálculo de indicadores de qualidade das universidades brasileiras.
Já o número de formandos caiu de 1,050 milhão para 991 mil em 2013.
Perfil da rede e dos alunos
No total, o Brasil possui 2.391 instituições de ensino superior, que oferecem pouco mais de 32 mil cursos de graduação. A rede privada participa com mais de 80% no número de novos alunos. De acordo com o levantamento, apenas 301 são universidades públicas e 2.090 são instituições privadas.
O “aluno típico” das universidades brasileiras é mulher, tem 21 anos e estuda à noite em um curso de bacharelado de uma instituição de ensino privada.
No ano passado, as mulheres somaram 3,4 milhões de matrículas contra 2,7 milhões. Entre os que concluíram um curso de graduação no ano passado, a diferença também favorece o público feminino ficando em, respectivamente, 491 mil contra 338 mil. Assim, do total de matriculados, 55,5% são do sexo feminino e 44,5% são do masculino. Entre os novos estudantes as mulheres também dominam: dos quase 3 milhões de calouros, 54,7% são mulheres e 45,3% são homens.
As 195 universidades no Brasil equivalem a 8,2% do total de instituições de ensino, mas concentram 53,4% das matrículas em cursos de graduação. Os dados apontam que 90% dos cursos nas universidades são na modalidade presencial e o grau acadêmico predominante é o bacharelado (66,8%).
Cursos mais procurados
Em 2013, 2,7 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior. Mais de 40% desse total se matricularam em cursos das áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito. Em segundo lugar, com 18% das matrículas, aparece a área de Educação e depois a área de Engenharia, Produção e Construção, com 14% das matrículas novas.
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Pedagogia, Enfermagem e Serviço Social são alguns dos cursos preferidos das mulheres, cuja maioria das matrículas é de estudantes do sexo feminino. Já entre os homens, os cursos prediletos são engenharia civil, ciência da computação e engenharia de produção.
Os 10 maiores cursos em número de matrículas são, respectivamente, administração, direito, pedagogia, ciências contábeis, engenharia civil, enfermagem, psicologia, serviço social, gestão de pessoas e engenharia de produção.