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Enem aborda questões de gênero, refugiados, escravidão e ditaduras latinas

Cursinhos destacam que exame cobrou dos alunos interpretação, mas também conteúdo

Educação|Do R7, com Agência Brasil

Candidatos em local de prova em São Paulo
Candidatos em local de prova em São Paulo Candidatos em local de prova em São Paulo

O primeiro dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não surpreendeu os candidatos e professores quanto à estratégia de usar temas atuais para abordar conceitos das diferentes disciplinas.

Assuntos como a crise dos refugiados na Europa, a manutenção de comportamentos machistas na sociedade atual e as recentes discussões sobre a democratização de espaços urbanos, por exemplo, poderiam ser mais facilmente respondidos por quem dedicou parte do estudo ao noticiário recente.

Questões de filosofia sobre Platão e as ditaduras em países da América Latina no século 20 voltaram a ser objeto de avaliação do exame. Na história, a abordagem de questões sociais como a discriminação racial e a política brasileira foi elogiada por quem fez ou teve acesso ao caderno após as provas.

“Foi cobrado conteúdo”, afirma Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo. “O aluno tinha de saber interpretar as questões, mas isso não bastava. Era necessário conhecer o conteúdo.” Segundo ele, o exame teve uma dificuldade “de média para difícil”. “A prova cumpriu seu papel”, resumiu.

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Rodrigo Mirarchi Vieira, coordenador de Física do Maximize, afirmou que a prova manteve o “padrão de evolução” do Enem.

“O Enem já teve a fase mais interpretativa, em que o aluno que interpretasse bem o enunciado conseguia responder”, diz Vieira. “Mas, nos últimos anos, vem cobrando o conhecimento de uma linguagem técnica e passou a exigir também um pouco mais de conceitos dos alunos. Nesse ano não foi diferente.”

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Celio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, de Campinas, destacou os “enunciados enxutos” e as “alternativas mais objetivas”. “Isso ajuda o aluno a conseguir terminar a prova no tempo”, disse.

“O que chamou mais atenção foi o peso dado à filosofia e à sociologia”, afirmou. “Justamente no ano em que se colocou a possibilidade dessas disciplinas se tornarem optativas.”

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