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Educação

Ensinos fundamental e médio do Estado de SP vão perder 94 escolas

Reforma remanejará 311 mil alunos em 162 municípios; prédios serão mantidos na Educação

Educação|Ana Ignacio, do R7

Anúncio da reforma gerou protestos em diversas cidades
Anúncio da reforma gerou protestos em diversas cidades

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou na manhã desta segunda-feira (26) dados sobre o projeto de reestruturação da rede estadual de ensino que irá unir em uma mesma unidade escolar alunos do mesmo ciclo. Com a reforma, 94 das 5.147 escolas de ensino fundamental e médio serão "disponibilizadas", de acordo com o secretário Herman Voorwald. Sem divulgar uma lista das unidades ele destacou, entretanto, que todas continuarão servindo para a Educação. 

Segundo a pasta, a maior parte dessas 94 unidades deve virar Emei (Escola de Educação Infantil) ou creche, mas também podem ser usadas como Etec (Escola Técnica Estadual) ou EJA (educação de Jovens e Adultos). Dessas, 66 escolas já têm destino definido. No entanto, o secretário também não passou detalhes sobre as novas funções. Apenas disse que alguns municípios manifestaram interesse para usar os espaços como creches. Nesses casos, os prédios serão doados pelo Estado.

Ao todo, 311 mil alunos serão movimentados em 162 municípios. Segundo a pasta, o número de escolas com um segmento passou de 1.443 para 2.197; o de dois ciclos foi de 3.209 para 2.635 e as unidades com três segmentos passaram de 479 para 315. Entre as mudanças, o secretário destacou que 2.956 classes que estavam ociosas passarão a ser usadas pela rede.

A definição das escolas que serão afetadas pela reforma foi tomada após análise feita pelas diretorias de ensino. Ainda nesta semana, as diretorias serão informadas do resultado final da reformulação e os pais e alunos passaram a ser comunicados das mudanças, quando houver.


Questionado sobre os constantes protestos que vêm sendo realizados contra a reforma da rede, o secretário rebateu falando sobre o dever que a pasta tem.

— Temos uma obrigação com a juventude que está entrando [nas escolas]. A escola é da sociedade. Temos que fazer o possível para que todos tenham um melhor aprendizado.


Herman defendeu, ainda, o ciclo único na escola. Segundo ele, essa mudança melhora o desempenho dos alunos. 

— Há dados de avaliação que mostram que gestão mais simples melhora o aprendizado [dos alunos].


Sindicato

Na frente da Secretaria da Educação, na República, no centro de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) comentou os dados divulgados pela pasta. 

— Achei que ele confirma o que nós falamos: vai ter fechamento, sim, de sala de aula. Não acho que para em 94, acho que é um pré-anúncio.

Ainda de acordo com Maria Izabel, apesar de não haver mudança em todos os municípios do Estado, a reforma mexe com mais gente do que parece.

— Quando mexe com 162 municípios, não é uma questão isolada, é efeito cascata. É uma mudança atabalhoada, de cima para baixo.

O projeto de reorganização da rede estadual de ensino foi apresentado em setembro e, desde então, alunos, pais e professores protestam contra possíveis fechamentos de escolas.A reestruturação prevê a junção de alunos do mesmo ciclo em uma única unidade de ensino. Com isso, 311 mil estudantes serão remanejados em 162 municípios do Estado. 

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