Estudantes bloqueiam vias da Grande SP em mais um dia de protestos contra fechamento de escolas
Em pelo menos 5 manifestações foram registrados confrontos entre jovens e policiais militares
Educação|Do R7
Estudantes que são contra a reorganização escolar proposta pelo governador Geraldo Alckmin ocupam várias vias da Grande São Paulo na manhã desta quinta-feira (3). As manifestações começaram por volta das 7h30.
Veja como estão as vias que foram ocupadas:
Marginal Pinheiros (altura da ponte Eusébio Matoso) - zona oeste - liberada às 8h30
Estrada da M'Boi Mirim (altura do Piraporinha) - zona sul - ocupada
Avenida Francisco Morato - zona oeste - liberada às 8h15
Avenida Heitor Penteado - zona oeste - liberada às 9h30
Avenida São João - centro - ocupada
Ponte João Dias - zona sul - liberada às 7h54
Avenida Giovanni Gronchi - zona sul - ocupada
Avenida Pompeia - zona oeste - ocupada
Lapa - zona oeste - ocupada
Itaquera - zona leste - ocupada
Centro de Diadema - Grande SP - ocupado
Os manifestantes atuam do mesmo modo em todas as localidadaes: levam carteiras de salas de aula e sentam-se no meio da via para impedir a passagem dos carros, empunhando cartazes. Foram registrados confrontos com Polícia Militar na avenida João Dias, na marginal Pinheiros, na avenida São João, na avenida Faria Lima e em Itaquera.
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Ontem, quatro pessoas foram detidas em um protesto na avenida Doutor Arnaldo. Os policiais agiram com violência para conter os manifestantes, que tentatavam bloquear a via. À tarde, bombas de gás foram utilizadas para dispersar manifestantes no cruzamento da rua Henrique Schaumann com a rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, zona oeste da capital. Pelo menos uma pessoa foi detida. Na terça-feira (1º), os estudantes já haviam enfrentado repressão policial.
Os protestos contra a medida em curso pelo governo começaram no dia 9 de novembro, quando cerca de 40 alunos da EE Diadema, no ABC Paulista, deixaram as salas de aula e passaram a ocupar corredores e demais dependências da escola. A reação foi seguida por outros alunos e hoje, de acordo com balanço do Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), há 207 escolas tomadas pelos estudantes. A Secretaria da Educação confirma manifestações em 191 unidades.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que "continuará atuando para impedir que haja dano ao patrimônio público, como o ocorrido em Osasco, ou tumultos e badernas nas ruas, que prejudicam o acesso de milhões de paulistas ao trabalho, estudo e hospitais, como ocorrido na Dr. Arnaldo".
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