O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) lançou, nesta semana, nota técnica sobre os docentes brasileiros. O estudo mostra as alterações no perfil dos professore entre 2002 e 2013. O levantamento foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
São analisados avanços nos últimos 11 anos nas condições de trabalho, desenvolvimento da carreira e remuneração dos professores da educação básica nas redes estaduais e municipais.
A pesquisa aponta que cresceu o número de professores negros, aumentou a escolaridade e é maior a permanência na carreira. Os técnicos identificaram ainda que a predominância da mulher continua nas escolas, embora tenha aumentado o número de homens.
Além disso, constata-se que o rendimento médio dos docentes cresceu mais nas regiões nordeste e centro-oeste.
Segundo a nota técnica, os ganhos reais do período demonstram que uma política progressiva de valorização do magistério pode ser alcançada com investimento em carreira, salário e formação. A exceção ocorreu no Sudeste, onde o rendimento real ficou muito abaixo daquele das outras Regiões.
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Para Ailton Fernandes, diretor da Federação da categoria e do Sinpro (Sindicato dos Professores de São Paulo), a pesquisa aponta ainda “que não há progresso social sem investimento na Educação”.
— Não significa apenas dinheiro, mas também gerenciamento adequado para que os recursos cheguem efetivamente ao aluno e na sua formação, diz ele.