Falta de dinheiro é principal barreira para acesso às universidades, diz estudo
Estudantes do ensino médio consideram importante ingressar em curso de graduação
Educação|Do R7
Ter vontade de estudar não é suficiente para que os jovens consigam um diploma de graduação. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pela ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior), a questão finaceira é uma grande barreira para o acesso à educação.
Das pessoas que não ingressaram em uma instituição de ensino superior logo ao saírem do ensino médio, 62% dizem que gostariam de ter feito isso.
O estudo mostra ainda que o preço é determinante para que o estudante escolha a universidade. Dentre os pais que não esperam que o filho ingresse no ensino superior logo que saírem do ensino médio, 71% dizem que antecipariam a entrada no curso se o estudante conseguisse uma bolsa de estudos ou financiamento.
Em contrapartida, 62% afirmam que adiariam o estudo caso o filho não fosse aprovado em uma instituição de ensino pública. Ao analisar os resultados do grupo composto por estudantes de ensino médio, 31% deles trabalham durante os estudos: 72% deles para ter independência financeira e 23% para complementar renda familiar.
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Há também dados sobre os motivos que levaram os estudantes do ensino médio a deixarem os estudos. Desse grupo, 24% pararam de estudar, sendo que 35% deles para poderem trabalhar e 27% por terem um rendimento escolar ruim, com notas baixas ou repetência.
O estudo também mostra que tanto os pais como os alunos consideram a aprovação em uma universidade importate. Dos entrevistados, 98% dos pais e 96% dos alunos valorizam a busca pelo diploma. Ambos também esperam que a graduação abra oportunidade para conseguir bons empregos (67% e 66%, respectivamente).
A entrevista foi realizada com 1.200 pessoas, incluindo pais, alunos e estudantes que abandonaram a escola no Ensino Médio entre os dias 3 de fevereiro e 2 de março. Os organizadores da pesquisa dividiram os entrevistados em três grupos, sendo eles compostos por, respectivamente, pais de alunos, estudantes de ensino médio e alunos egressos durante o colegial. As entrevistados são de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS).