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Máfia da merenda em SP: foto mostra vendedor contando suposto dinheiro de propina

Carlos Luciano Lopes é ex-vendedor de cooperativa investigada por contratos superfaturados

Educação|Do R7

Carlos Luciano Lopes aparece rodeado de notas de R$ 2, R$ 10, R$ 20 e R$ 50
Carlos Luciano Lopes aparece rodeado de notas de R$ 2, R$ 10, R$ 20 e R$ 50 Carlos Luciano Lopes aparece rodeado de notas de R$ 2, R$ 10, R$ 20 e R$ 50

A Polícia Civil apreendeu uma foto na qual o ex-vendedor da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) Carlos Luciano Lopes aparece contando o dinheiro supostamente obtido como propina da máfia da merenda escolar em São Paulo. 

Na imagem, Lopes aparece gargalhando e cercado de notas de R$ 2, R$ 10, R$ 20 e R$ 50.

A foto foi capturada a partir do celular de um dos investigados na Operação Alba Branca, que investiga um esquema de pagamento de propinas em contratos de merenda escolar na gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e em dezenas de prefeituras paulistas. 

Segundo o apurado até agora, a Coaf fazia contato com lobistas que combinavam com as prefeituras a fraude nos contratos da merenda.

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Preso em janeiro, o ex-vendedor foi solto depois de depoimento em que apontou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) Fernando Capez (PSDB) como receptador das propinas da merenda para o financiamento de campanhas políticas em 2014.

O deputado estadual ficaria com parte da comissão entregue ao lobista Marcel Ferreira Júlio por contratos de produtos agrícolas e suco de laranja para as escolas.Por ter foro privilegiado, o deputado é investigado pela Procuradoria-Geral de Justiça. 

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Em resposta ao colunista Fausto Macedo do jornal O Estado de S. Paulo, Capez disse que não interferiu “em nenhum contrato de pagamento”. Ele ainda afirma que não conhece ou mantém contato com as pessoas citadas no texto.

Propinas podem chegar a R$ 2 milhões

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A Polícia Civil e o Ministério Público trabalham com a possibilidade de que os contratos fraudados com o estado e prefeituras paulistas envolvendo a máfia da merenda escolar chegue a R$ 20 milhões, sendo R$ 2 milhões desse valor voltados a propinas.

A operação está em sua segunda fase e entre os documentos apreendidos e que estão sob análise está um que relaciona valores — que podem ser de propinas a 70 prefeituras.

O servidor público estadual Carlos Eduardo da Silva, ex-diretor da Coaf, foi o primeiro dos sete presos por fraude no esquema em 30 de março. A todos os presos foi oferecido o acordo de delação premiada.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) defende as investigações. "Eles faziam o estelionato. O produto que entregavam não era da agricultura familiar", afirmou o governador, se referindo à Coaf.

Sobre a possibilidade de envolvimento de agentes públicos estaduais no caso, Alckmin disse que o episódio foi descoberto pelo governo. "Isso foi descoberto pelo governo, pela polícia. E é rigor absoluto." O tucano ainda afirmou que os citados já estão presos e responderão por isso.

Além de Capez, é investigados o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin Luiz Roberto dos Santos, o Moita

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