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Maioria dos que estão fora das salas de aula é de pobres

Dos 25% mais ricos, 98,1% estão na escola; Entre os mais pobres, esse porcentual é de 92,6%

Educação|

O maior desafio de acesso que o Brasil enfrenta atualmente é o de conseguir incluir os mais desfavorecidos, como a população mais pobre, negros e deficientes físicos. Apesar de avanços nos últimos anos, também persistem diferenças regionais de acesso.

A maioria das crianças e jovens que está fora da escola é das famílias mais pobres do País. No Brasil dos 25% mais ricos, 98,1% dos jovens de 4 a 17 anos estão na escola. Já entre os brasileiros 25% mais pobres, esse porcentual é de 92,6%, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013 tabulados pelo Movimento Todos Pela Educação para o Estado.

A diferença é de mais de cinco pontos porcentuais. Na Região Sul, entretanto, esse abismo é ainda maior: 98,4% dos mais ricos de 4 a 17 anos estão na escola, enquanto somente 89,7% dos mais pobres têm a mesma oportunidade — uma distância de quase 9 pontos porcentuais. Mais de 61% das crianças de 4 e 5 anos fora da escola estão entre os 25% mais pobres. No ensino médio, mais de 50% dos excluídos são mais pobres.

A diferença socioeconômica de atendimento também se reflete quando se compara regiões e populações urbana e rural, como explica Ricardo Falzetta, do Todos Pela Educação.

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— Para ampliar o atendimento do País, é necessário olhar especificamente para essas populações. Precisamos atender as especificidades. [...] Essa é a luta, não podemos aceitar essas deficiências.

País tem um ano para colocar na escola 2,9 milhões de crianças e adolescentes

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Raça e escolaridade

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As dificuldades da universalização passam pelo desafio de manter o aluno na escola. E também nesse indicador as diferenças sociais e raciais aparecem. Estudo de 2013 da pesquisadora Paula Louzano, da USP, mostra que alunos autodeclarados pretos têm maior probabilidade de fracasso escolar do que brancos.

Essa probabilidade varia a cada região e de acordo com a escolaridade dos pais. Pode ser, por exemplo, 19% maior, caso esse jovem esteja na Região Sul e os pais tenham apenas o ensino fundamental completo. Mesmo na Região Sudeste, a mais rica do Brasil, a diferença de probabilidade de fracasso dos pretos e brancos é de no mínimo 12%.

Só 45,3% dos jovens pretos e 49,3% dos jovens pardos estavam no ensino médio na idade certa em 2014, segundo o Anuário Estatístico da Educação Básica (Editora Moderna). Entre os 25% mais pobres, eram somente 44,2% - ante 75% entre os 25% mais ricos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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