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Mais de 190 mil alunos terão Enem adiado por causa das ocupações

Exame será aplicado nos dias 3 e 4 de dezembro em locais que ainda não foram definidos

Educação|Mariana Londres, do R7 em Brasília

Clique para ver todos os locais de prova que estão com ocupações
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As ocupações estudantis em locais onde seriam realizadas provas do Enem no próximo fim de semana (dias 5 e 6) levarão ao adiamento dos exames de 191.494 alunos. De acordo com informações divulgadas pelo Inep nesta terça-feira (1º), as provas serão aplicadas para esses alunos nos dias 3 e 4 de dezembro, em locais que ainda não foram definidos.

Os alunos afetados pelas ocupações receberão esta informação ainda nesta terça via SMS. 

Um total de 304 escolas que serviriam como local de prova do Exame Nacional do Ensino Médio continuam ocupadas por estudantes, que protestam contra a PEC do Teto de Gastos, que irá congelar gastos do governo federal por 20 anos, e contra a reforma do Ensino Médio. 

Os estados do Paraná, com 74 ocupações, e Minas Gerais, com 59, têm o maior número de locais de provas ocupados.

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A presidente do Inep, Maria Inês Fini, minimizou os impactos da medida.

— Os alunos terão a classificação a tempo de participar do Sisu, ProUni e Fies. Lamentamos a ansiedade que esses 191 mil jovens enfrentarão para fazer a prova. O prazo não pode ser menor em função da logística.

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Segundo ela, os estudantes que fazem parte das ocupações têm direito a se manifestar, mas também é preciso garantir o direito de ir e vir e de ter aulas dos demais estudantes.

Ela explicou, ainda, que os candidatos que não farão as provas neste fim de semana receberão um SMS com esta informação, ainda nesta terça-feira. O novo local de provas para estes alunos será enviado, também por SMS, posteriormente.

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De acordo com o Inep, as provas que serão aplicadas a esses 191 mil alunos serão diferentes, porém com as mesmas regras, das aplicadas neste fim de semana. Serão diferentes, também, daquelas que serão aplicadas nos dias 13 e 14 de dezembro aos alunos privados de liberdade. Todos os resultados serão divulgados na mesma data, dia 19 de janeiro.

O Inep é uma autarquia ligada ao MEC (Ministério da Educação) responsável pelo Enem. 

Custos

De acordo com o Inep, os custos de uma segunda aplicação da prova para os 191 mil alunos afetados pelas ocupações será pago pelo governo federal. Cada exame tem o custo de R$ 90 e o instituto estima que terá de gastar cerca de 70% do valor para reaplicar as provas. Isso porque o Inep deixará de gastar uma parte do valor neste fim de semana, mas terá um custo adicional quando for aplicar a em dezembro. Se o valor se confirmar, serão cerca de R$ 12 milhões. Parte desse custo é pago com o valor das inscrições e parte com o dinheiro do contribuinte. 

Provas equivalentes

As provas do Enem que serão aplicadas neste fim de semana e em dezembro para alunos afetados pelas ocupações e alunos privados de liberdade são equivalentes, segundo o Inep. Todas as provas têm a mesma duração e número de questões e são elaboradas a partir de um enorme banco de questões. Além disso, a correção é feita com base na TRI, ou Teoria de Resposta ao Item.

Isso faz com que todos os exames tenham o mesmo grau de dificuldade já que o Inep testa previamente as questões para chegar a um grau de dificuldade. E junta questões que tenham, na soma, o mesmo grau de dificuldade. Além disso, o valor que o candidato recebe em cada acerto é definido pelo perfil erros e acertos do aluno em toda a prova.

Entenda como funciona o método de correção do Enem

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