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Educação

Mais de 45% dos brasileiros não têm ensino médio completo, mostra relatório da ONU 

Média de estudo no País é de 7,2 anos 

Educação|Do R7

Em nações com baixo IDH, média de estudos é de quatro anos
Em nações com baixo IDH, média de estudos é de quatro anos

No Brasil, 46,4% da população (mais de 90 milhões de pessoas) acima dos 25 anos de idade não têm o ensino médio completo. Além disso, a média de estudo no País é de 7,2 anos, frente a 7,9 anos na América Latina.

Como esses índices, o País fica na 79º colocação entre as nações com populações mais estudadas, atrás de Cuba, Venezuela, Chile e Argentina. Porém, mantém-se entre outras 50 consideradas com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

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A boa notícia é que 91% dos brasileiros acima de 12 anos são alfabetizados. Porém, os 9% de não alfabéticos representam mais de 18 milhões de pessoas. Dentre os jovens do País que têm entre 15 e 25 anos, a taxa de alfabetização é de 97,5%.


Os dados constam no novo “Relatório de Desenvolvimento Humano” divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e têm como base o período de 2005 a 2012. Entretanto, ministros reclamaram que os dados utilizados no novo relatório do Pnud são de 2010 e foram compilados por órgãos internacionais, como o Banco Mundial. Nesse sentido, julgam que as informações do documento não refletem melhorias do Brasil reconhecidas em estudos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizados nos últimos quatro anos. 

Segundo o levantamento, cidadãos de países com o IDH alto estudam, em média, oito anos na vida. Em comparação, os habitantes das nações com IDH muito alto costumam estudar quase 12 anos (11 anos e sete meses) durante toda a vida. Em nações com baixo IDH, estuda-se apenas durante quatro anos na vida.


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Na manhã de hoje, em entrevista coletiva concedida em Brasília, os ministros Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome); Arthur Chioro (Saúde) e Henrique Paim (Educação) comentaram os dados divulgados. Paim destacou que ocorreu melhoria de resultados na educação brasileira. Para ele, o avanço expressa que “houve um esforço do País no ponto de vista de inclusão e da melhoria de frequência [escolar]”.


— Se pegarmos dados [do Brasil] de 1980 tínhamos 2,6 anos de estudo [em média durante a vida] e um grande número de pessoas analfabetas. 

Paim também falou que a educação do País está com boa posição considerando outras nações da América Latina e os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

— Diria que os resultados, desse ponto de vista, são muito interessantes, finalizou, elogiando a junção de políticas públicas dos ministérios da educação e da saúde como o "grande segredo" para a melhoria de resultados. 

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A Europa e a Ásia Central aparecem como as regiões ondem as pessoas permanecem mais anos estudando, seguidas pela América Latina e o oeste da Ásia. A África subsaariana é a última da lista. A média de tempo de estudos no mundo é de quase oito anos (sete anos e sete meses). 

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