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Português elimina quatro em cada dez candidatos em seleção de estágio, diz pesquisa

Estudantes de instituições privadas tiveram desempenho inferior aos de escolas públicas 

Educação|Do R7

Cerca de 2.800 candidatos (40,6%) não obtiveram êxito no teste
Cerca de 2.800 candidatos (40,6%) não obtiveram êxito no teste Cerca de 2.800 candidatos (40,6%) não obtiveram êxito no teste

Uma pesquisa realizada pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios) aponta a língua portuguesa como fator determinante na desclassificação de candidatos em seleções de estágio.

Um teste ortográfico foi aplicado aos candidatos na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como "seiscentos", "escassez", "artificial", "sucesso", "licença" e "censura".

Foram reprovados aqueles que cometeram mais de sete erros. Cerca de 2.800 candidatos (40,6%) não obtiveram êxito na seleção.

A comparação entre os resultados de estudantes de instituições privadas e os de escolas e universidades públicas subverteu as expectativas. Dentre os 7.118 os candidatos que se saíram pior no teste ortográfico proposto pela pesquisa, a maioria estudavam em instituições privadas (40,6%). Os alunos de escolas públicas que tiveram resuldado ruim somam 40,2%.

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Entre os universitários, a diferença se amplia. Cerca de 40% dos jovens das faculdades privadas ficaram para trás, contra 22,5% dos alunos de universidades públicas.

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O estudo foi realizado durante todo o ano de 2013, reunindo, ao final do processo, informações e estatísticas importantes quanto ao desempenho dos jovens candidatos a estágio de diferentes segmentos, áreas de atuação e fases de ensino.

— Impressiona o fato de os jovens, na fase da universidade, registrarem erros graves na grafia. Apenas 25% dos brasileiros mantêm o hábito da leitura. Com isso, o reflexo é percebido antes até de ingressarem no mercado de trabalho. Muitos ficam pelo caminho e são excluídos das chances de construírem uma carreira, por terem pouca intimidade com as palavras, analisa Erick Sperduti, o coordenador de seleção do Nube.

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Fases e áreas de aprendizagem

Os alunos do ensino médio lideram negativamente o ranking, com pior resultado nos testes ortográficos. Em torno de 49,1% ultrapassaram as falhas aceitáveis, seguidos dos estudantes do ensino superior (40,3%), superior tecnólogo (38,2%) e médio técnico (37,2%).

Entre os cursos, também foram divididos aqueles com melhores e piores índices. Com estatística mais baixa, em quantidade de reprovados, estão os alunos de Pedagogia (86%), Moda (75%), Secretariado Executivo (69%), Engenharia Civil (68%) e Arquitetura e Urbanismo (64%).

Na outra ponta, com maior aprovação estão Engenharia de Controle e Automação (87,5%), Engenharia Química (82%), Medicina Veterinária (79%), Química (77%) e Nutrição (76%).

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— A prática de leitura e, principalmente, o hábito de escrever suas ideias é um bom exercício para aprimorar a linguagem e não perder boas oportunidades em provas como o Enem ou processos seletivos, ressalta Sperduti.

O especialista também avalia que o desafio para os futuros profissionais não é a conclusão do curso, mas o domínio do idioma. 

— Assim, terá chances reais de ser um dos seis estudantes, em cada dez, aprovados na fase inicial de um processo seletivo, finaliza.

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