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Educação

Sites para concursos atraem estudantes e investidores

Com aulas ao vivo, essas startups chamam a atenção dos investidores

Educação|Do R7

Estudantes podem enviar perguntas aos professores via chat
Estudantes podem enviar perguntas aos professores via chat

A corrida do brasileiro por uma vaga de trabalho no serviço público começa a abrir espaço para empresários do setor de educação à distância que investem em startups especializadas em preparar alunos para as provas.

Com aulas ao vivo e plataformas incrementadas, essas startups contabilizam receitas interessantes e já chamam a atenção dos investidores.

O empresário Rodrigo Schluchting, por exemplo, abriu sua escola na internet, a Elo Concursos, aos 20 anos de idade.

O negócio começou a operar em 2010, com aulas ao vivo e participação direta dos alunos. O empresário, que aos 18 anos já dava aulas, percebeu a demanda depois de trabalhar em cursinhos pré-vestibulares.


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Em parceria com Elias Daniel, Deodato Neto e Alison Moraes, que hoje atuam na gestão da empresa, Schluchting investiu R$ 50 mil. A proposta do site é a de simular um ambiente de aprendizado presencial. Durante as aulas, os usuários podem enviar perguntas aos professores, via sala de bate-papo. Toda a interação é gravada para os alunos que perderam a transmissão online.

Com apenas quatro anos, a escola já conta com 12 mil alunos e faturou R$ 500 mil em 2013. Para este ano, o empresário estima um aumento de até 40% nas receitas. A meta é chegar ao primeiro milhão em 2015. Essas perspectivas fizeram com que Schluchting abandonasse a graduação em Física e investisse em uma especialização na área de Marketing Digital.


— A empresa começou a exigir muito de mim.

A Rota dos Concursos, empresa criada em 2007, desenvolveu um banco de dados com mais de 600 mil questões de concursos. Este ano, o site atingiu a marca dos 300 mil usuários e espera gerar R$ 1 milhão em receitas. Com aportes da 500 Startups, da Monashees e da Gera Venture, a startup somou R$ 1 milhão em investimentos para otimizar o sistema.

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A plataforma já identificava as questões mais pertinentes para cada candidato a partir dos assuntos cobrados nos exames, mas foi aperfeiçoada. O cofundador e presidente da empresa, Henrique Guimarães, ressalta as qualidades do sistema.

— As pessoas têm mais condições de aprender coisas próximas do seu conhecimento atual. É com base nessa teoria que o novo sistema irá sugerir questões mais direcionadas

Expansão

As ferramentas de ensino à distância respondem a demandas que não são supridas pela sala de aula convencional.

— Não podemos ficar indo à classe escolar continuamente, é preciso outros meios para estar bem formado, avalia Marcelo Pimenta, professor de inovação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

O especialista, que também é blogueiro do Estadão PME, acredita que esse mercado está em expansão.

— Vai ter muito crescimento pela frente, porque os formatos ainda não estão consolidados (...) E isso significa muitas oportunidades.

Motivos para investir não faltam. Os concurseiros, como são chamados aqueles que se preparam para concursos públicos, movimentam R$ 50 bilhões ao ano, segundo estimativa da Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos). Os gastos vão desde o pagamento de cursos e livros didáticos até taxas para a realização das provas.

A associação estima ainda que só 8% dos municípios tenham cursos presenciais, o que garante mercado para as plataformas online.

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