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Tema da redação do Enem surpreende candidatos e gera polêmica nas redes sociais

Feministas comemoraram abordagem do assunto, mas MEC foi chamado de comunista 

Educação|Do R7

Para professor, Enem foi coerente ao abordar questões de gênero
Para professor, Enem foi coerente ao abordar questões de gênero Para professor, Enem foi coerente ao abordar questões de gênero

Candidatos que prestaram o segundo dia de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) se mostraram surpresos com o tema da redação, “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Paulo Henrique dos Santos Lima, 22 anos, que saiu do local de prova, na zona oeste de São Paulo, por volta das 16h, disse que não esperava por esse assunto. 

— Achava que fosse cair alguma coisa sobre a crise financeira ou até mesmo a crise hídrica.

Mesmos surpresos, os candidatos acharam o tema relevante. Pamela Cristina de Paula, 19 anos, que já estuda psicologia e prestou o Enem para conseguir o FIES, disse que as pessoas ainda são muito machistas e retratar a violência contra a mulher pode incitar o debate.

Nas redes sociais, o tema escolhido gerou polêmica. Grupos feministas e apoiadores elogiaram a escolha, mas teve internauta que achou o tema ideologizado. Diversas postagens no Twitter chamaram o MEC (Ministério da Educação) de comunista e vincularam a luta pelo direito das mulheres ao nazismo, usando o termo “feminazi”. 

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Em relação ao conteúdo da prova, os candidatos disseram que as questões estavam bem elaboradas e exigiram muito raciocínio. Para João Victor Lacerda, 18 anos, que pretende cursar educação física, a parte mais difícil foi matemática, mas acredita que tenha tido um bom desempenho. 

— Consegui responder as questões com tranquilidade e também falar bem sobre o tema da redação.

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Em entrevista à Agência Brasil, o professor e coordenador de Português do Dinatos COC, Patric Moreira, disse que, ao abordar questões de gênero, o tema da redação mostrou coerência com os conteúdos cobrados dos estudantes. 

— É um assunto muito em voga. Todo mundo vem falando muito desse tema, inclusive de pensar em igualdade de gêneros. O candidato pode abordar isso e também refletir por que a mulher ainda sofre tanta discriminação, chegando inclusive a casos de violência.

O professor destacou que existe legislação sobre violência contra mulheres e que, portanto, não há novidade em abordar as leis. 

— Como o tema está falando sobre persistência, a ideia é de pensar por que isso persiste já que temos uma lei, a Lei Maria da Penha, que pune os agressores. Então, de repente, além de ter um processo de fiscalização melhor da Lei, [o candidato] pode pensar em abordar como a mulher pode se sentir mais à vontade em denunciar essa violência, de não acobertar.

Escolha do tema foi alvo de discussões na internet; grupos feministas e o Mnistério da Educação foram criticados
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