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Três em cada quatro professores do Brasil têm curso superior

Pedagogia é o terceiro maior curso em número de matriculados no ensino superior

Educação|Mariana Nwabasili, do R7

Levantamento mostra que 67,5% dos professores dos anos finais do ensino fundamental não têm formação específica
Levantamento mostra que 67,5% dos professores dos anos finais do ensino fundamental não têm formação específica Levantamento mostra que 67,5% dos professores dos anos finais do ensino fundamental não têm formação específica

No Brasil, 75% do total dos professores de educação básica (creche ao ensino médio) têm formação superior, segundo dados da Sinopse Estatística da Educação Básica de 2013 divulgada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Cinco estados pagam menos de três salários mínimos para professor; sete não garantem horas fora da classe

Quanto à formação dos docentes, outra informação, divulgada no Censo da Educação Superio 2013, é destaque. A graduação em pedagogia é a terceira maior em número de matrículas: seus 614 mil estudantes representam 8,4% dos matriculados no ensino superior brasileiro (total de 7,3 milhões de universitários).

No topo da lista dos cursos mais procurados está administração (com 800 mil matriculados), seguido por direito (769 mil). 

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Os dados da Sinopse 2013 também mostram que 80% dos profesores brasileiros são mulheres e 29% têm entre 41 e 50 anos. Os brancos representam 43% da categoria, sendo 28% negros e 1% indígenas e amarelos — 28% não declararam a cor. 

Contraponto

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Apesar do panorama positivo, dados da ONG Todos pela Educação revelam que os profissionais da área da educação com nível superior têm remuneração 52% menor do que outros com a mesma escolaridade. 

Já um levantamento do Portal Observatório do PNE mostra que 67,5% dos professores dos anos finais do ensino fundamental não têm formação específica na área em que lecionam. No ensino médio, o percentual chega a 51,7%. 

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Carreira e valorização 

Para Márcia Aparecida Jacomini, professora do departamento de educação da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a baixa remuneração e as condições de trabalho dos professores explicam parte do cenário. 

— O problema é que muitos professores formados em licenciaturas específicas não vão atuar na docência. Um dos principais motivos para isso é a baixa remuneração da área, combinada com uma carreira que muitas vezes não apresenta condições de trabalho atrativas. 

A professora destaca que a devido ao fato de muitos estados e municípios estabelecerem contratos de menos de 40 horas de trabalho semanais — com salários equivalentes—, muitos professores são obrigados a ter jornadas extensas de trabalhos “ para conseguir um salários razoável”. 

No início de carreira, profissionais da área da educação recebem em média R$ 1.868 no Brasil. Formados em administração, por exemplo, recebem cerca de R$ 2.852, e formados em direito, R$ 2.686, segundo sondagem de mercado realizada pela Catho.

Prevendo mudanças quanto ao tema, o novo PNE (Plano Nacional da Educação) estabelece a valorização do magistério público por meio da aproximação do rendimento médio dos professores com mais de 11 anos de escolaridade ao rendimento dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

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