A Reitoria da USP (Universidade de São Paulo) encaminhou, na tarde da última quarta-feira (6), à comunidade acadêmica uma nota criticando a ação de funcionários técnico-administrativos que bloquearam parte dos prédios da Cidade Universitária. Piquetes foram feitos após o retorno das aulas do segundo semestre.
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No documento, a universidade afirma que deve fechar o ano com déficit de R$ 1 bilhão devido à crise financeira pela qual passa e é principal motivadora da greve de professores, alunos e funcionários.
— É profundamente lamentável a intransigência do Sindicato dos Trabalhadores da USP que resultou na ação arbitrária de manter bloqueados, desde o dia 4 de agosto, o acesso ao prédio da Reitoria, descumprindo ordem judicial, diz a nota.
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Os funcionários estão em greve desde o dia 27 de maio. Nestas útlimas semanas eles inviabilizaram o encaminhamento de processos internos da reitoria e da realização da Feira de Profissões da USP na Cidade Universitária fazendo acampamentos. Amannhã (7) os professores da USP têm uma assembleia marcada no prédio da história.
Veja nota da reitoria da USP na íntegra:
É profundamente lamentável a intransigência do Sindicato dos Trabalhadores da USP que resultou na ação arbitrária de manter bloqueados, desde o dia 4 de agosto, o acesso ao prédio da Reitoria, descumprindo ordem judicial.
Desde o início desta gestão, tem sido levado ao conhecimento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral o comprometimento orçamentário da Universidade com folha de pagamento muito acima dos recursos disponíveis.
Ainda que seja justa a demanda por reajuste salarial, nesse contexto, qualquer correção implicaria aumento de gastos com pessoal com os quais a USP não pode arcar.
Neste ano, apesar de todas as restrições orçamentárias já adotadas, a USP está gastando R$ 90 milhões por mês a mais do que recebe e, nesse ritmo, deve fechar o ano com déficit de R$ 1 bilhão.
Não obstante, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) manteve sempre abertas as negociações, que, contrariamente ao divulgado pelos sindicatos, nunca foram fechadas, e agendou, para 3 de setembro, a sexta reunião, desde 12 de maio, para a discussão da data-base.