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Educação

USP Leste tem novas pichações racistas: ‘Preto tem que morrer’

Frases preconceituosas foram encontradas dentro dos banheiros da universidade, diz estudante

Educação|Do R7

Em fevereiro, frases racistas foram pichadas no banheiro masculino
Em fevereiro, frases racistas foram pichadas no banheiro masculino

Pichações agressivas contra estudantes negros voltaram a acontecer dentro da USP Leste. Na última quinta-feira (7), alunas se depararam com frases racistas dentro dos banheiros femininos.

O conteúdo agressivo com expressões do tipo “preto tem que morrer” causou indignação. A aluna do curso de gestão de políticas públicas da universidade, Bruna Tamires, afirma que o Coletivo de Negras e Negros formado dentro da universidade, do qual faz parte, passou em todas as salas de aula para contar sobre as ofensas.

— A gente não sabe quem foi, passamos em todas as aulas para contar o que tinha acontecido. Avisar para os racistas que negras existem na universidade e o espaço universitário também é nosso e tem que ser transformado e não dessa forma.

Em fevereiro deste ano, as agressões verbais do tipo “fora macacos lugar de negro é na senzala” [sic] foram encontradas no banheiro masculino. Após o episódio, o Coletivo de Negras e Negros foi criado.


O grupo denunciou os casos à Each (Escola de Artes, Ciências e Humanidades). A Comissão de Defesa da Diversidade, Direitos Humanos e Democracia da escola classificou como “lamentável e inaceitável os episódios de racismo e intolerância”.

“A existência de ofensas racistas, misóginas, sexistas e homofóbicas é intolerável em qualquer ambiente, sua aparição em pichações de espaços públicos de nossa escola revela características intrínsecas e assustadoras que ainda persistem em nossa sociedade, por mais inacreditável e surreal que possa parecer... Portanto, entendemos ser necessário demarcarmos que a Direção da EACH, através desta comissão, rechaça toda e qualquer tipo de manifestação desta natureza, bem como qualquer discurso que vise diminuir a gravidade de situações como estas”.


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O coletivo agora quer realizar uma aula aberta sobre cotas.


Nós queremos que todos assistam aulas que debatam essas políticas afirmativas. A gente percebeu enquanto coletivo que quanto mais negros foram aparecendo, mais ações racistas fizeram. Algumas pessoas brancas se sentem incomodadas.

A estudante afirma que o racismo ainda é bem visível na sociedade.

— Parece que foi há muito tempo, a abolição foi em 1888, 130 anos atrás. A sociedade faz a gente acreditar que foi há muito tempo, mas é recente, é visível. 

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