Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Eleições 2014

Caso Amarildo e máfia dos guardanapos faz Pezão esconder Cabral durante a campanha

Governador disse que padrinho seria “fonte de consulta”, mas ele segue oculto na campanha

Rio de Janeiro|Do R7

Cabral (ao centro) e Cavendish (último à direita) em Paris
Cabral (ao centro) e Cavendish (último à direita) em Paris

Apesar de o candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter afirmado, em sabatina do jornal O Globo, que o ex-governador Sérgio Cabral será sua “fonte de consulta”, é pouco provável que o padrinho político do candidato intensifique sua participação na campanha.

Cabral renunciou ao cargo em abril deste ano para que Pezão ganhasse visibilidade às vésperas da disputa eleitoral.

Na época, porém, o ex-governador amargava uma popularidade baixa, após tornar-se alvo central das manifestações de 2013 e das suspeitas de favorecimento à empresa Delta, de seu amigo Fernando Cavendish.

A intimidade entre Cabral e Cavendish foi exposta em 2011 após a queda de um helicóptero em Trancoso, na Bahia, que matou a ex-companheira do empresário e a namorada do filho do ex-governador.


Quase um ano mais tarde, em abril de 2012, o deputado Anthony Garotinho (PR) publicou em seu blog um vídeo, gravado em 2009, com imagens de Cabral e Cavendish, ao lado de um grupo de amigos, bastante à vontade, após um jantar em Paris.

Fotos do grupo brincando com guardanapos na cabeça fez com que o episódio ficasse conhecido como “máfia dos guardanapos”.


Cavendish era acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Na época, a oposição ao governo Dilma, que havia emplacado a CPI do Cachoeira no Congresso, cogitou investigar as relações de Cabral e Cavendish na comissão. Mas as investigações foram finalizadas em novembro de 2012.

Em junho de 2012, a Controladoria-Geral da União declarou a Delta inidônea. Seis meses depois, a gestão Cabral também incluiu a empresa na lista estadual de companhias inidôneas.


A investigação do Ministério Público do Rio para apurar a ligação entre Cabral e Cavendish acabou arquivada no ano passado. O ex-governador não nega a amizade com o empresário, mas diz que sabe separar amizade e gestão.

Em junho de 2013, Cabral foi escolhido com um dos principais alvos da onda de manifestações que tomou o País.

Durante o segundo semestre, críticas à ação da polícia transformaram o pedreiro Amarildo Dias de Souza, morto em julho após ser abordado por PMs da UPP da Rocinha, em um dos símbolos dos protestos.

A casa do governador foi alvo do movimento Occupy (acampamento de manifestantes foram montados no local), inspirado nos protestos de Wall Street.

Leia mais notícias de eleições

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.