O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, foi o primeiro a ser entrevistado pela série de sabatinas da Record News e do R7 com os postulantes ao governo do Estado do Rio. Pezão falou sobre investimentos e avanços na área do transporte público, mas admitiu que muita coisa ainda precisa melhorar. — Fizemos muito, mas tem muito para ser feito [no transporte]. Tínhamos um contrato com a Supervia que não foi cumprido. Se você faz um contrato e não cumpre, você é penalizado. Tem muito para se fazer no transporte. Pezão se referia à administração e concessionária da Supervia anteriores. Sobre as atuais falhas no serviço de trens, o candidato afirmou que, nos últimos três meses, a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) aplicou multas na Supervia por quebra de contrato. O candidato disse que o atual governo vai entregar até o final deste ano 150 trens com ar-condicionado para a Supervia. Ele prometeu que toda a frota, até 2015, vai contar com ar-condicionado. Quando questionado sobre saúde, Pezão foi enfático ao afirmar que a abertura das emergências de hospitais federais situados na cidade do Rio de Janeiro é fundamental. Segundo ele, isso sobrecarregou a rede do Estado. — Esses hospitais ficaram em greve quase sete meses e eles recebem R$ 4 bilhões. Estou falando que temos que colocar esses hospitais para funcionar, eles fecharam as emergências. Elas precisam voltar a funcionar. Ainda para desafogar as emergências dos hospitais, o candidato afirmou que dará maior atenção à saúde básica, ampliando unidades das clínicas das famílias no Estado. O candidato se posicionou contra o aborto e afirmou ser “radicalmente contra” tal prática. Mostrou-se favorável ao casamento gay e disse não ter preconceitos contra a união de pessoas do mesmo sexo.UPP e coligação Pezão disse que pertence ao governo que criou as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e não consegue enxergar uma política de segurança efetiva sem investir na formação dos policiais civil e militar. O candidato tem como meta contratar mais 6.000 policiais por concurso público ainda neste governo. — Fizemos 38 UPPs, a última foi na Maré. Estamos acompanhando as manchas criminais. Eu luto para melhorar a formação dos nossos policiais. Antes, o policial via como um castigo trabalhar na formação. Melhoramos isso. Hoje, um instrutor da PM recebe igual a um professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Não se faz política de segurança pública sem investir no policial e aumentando o efetivo. Atualmente, o postulante do PMDB tem o maior tempo no horário eleitoral gratuito entre os candidatos que disputam o governo do Rio. A coligação de Pezão, “Rio em 1º Lugar”, que reúne 18 partidos, tem 9 minutos e 57 segundos de propaganda de TV por dia. A aliança de Pezão o coloca em quase todos os palanques dos candidatos à Presidência. Tem em sua base o PSDB de Aécio Neves, os nanicos PRTB, de Levi Fidelix, e o PSDC, de José Maria Eymael, além da atual presidente Dilma Rousseff (PT). — Eu voto com a presidente Dilma, meu partido indicou o vice da chapa dela, Michel Temer (PMDB). O PMDB é o fiel da governabilidade, ajudou o governo Fernando Henrique. O PMDB tem suas contradições, mas na hora de governar nós chegamos unidos. Pezão foi entrevistado pelos jornalistas Heródoto Barbeiro, jornalista da Rede Record; Marco Antônio Araújo, do R7; e Gustavo Marques, da Record Rio. Além de Pezão (PMDB) e Lindberg (PT), Anthony Garotinho (PR), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Crivella (PRB) também foram chamados. Todos confirmaram presença.Leia mais notícias de Eleições 2014Confira as datas, os candidatos e a ordem das entrevistas, definidos por sorteio: 21/8 – quinta — Lindbergh Farias — PT 22/8 – sexta — Anthony Garotinho — PR 25/8 – segunda — Tarcísio Motta — PSOL 26/8 – terça — Marcelo Crivella — PRB Acompanhe a sabatina de Luiz Fernando Pezão