Lindberg Farias (PT), senador pelo Rio de Janeiro, foi o segundo a ser entrevistado pela série de sabatinas da Record News e do R7 com os postulantes ao governo do Estado do Rio (assista ao vídeo abaixo). Lindberg prometeu mais que dobrar o investimentos em saúde e acabar com déficit de médicos especializados no Rio. Se vencer as eleições, ele disse que vai “abrir a caixa-preta” do transporte público e rever contratos firmados pelo governo com as chamas OSs (Organizações Sociais sem fins lucrativos) na área da saúde.
— Os dois maiores problemas da saúde do Rio são: a ausência de médicos especialistas e dificuldade em se marcar exames. As pessoas estão demorando quase seis meses para marcar um exame.
O candidato prometeu criar um programa de médicos especialistas e ainda valorizar e pagar um bom salário para esse profissional.
— Vamos contratar 1.500 médicos e isso custa por ano R$ 200 milhões. Vou trazer de volta as policlínicas, ampliar o Programa Saúde da Família e colocar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para funcionar.
Outra preocupação do candidato é o controle de diversos serviços de saúde realizados pelas OSs.
— Eu estou muito preocupado com as OS porque está faltando muito controle. É preciso se fazer um plano de cargos e salários na saúde e isso pode ser feito a médio prazo. O recado das ruas é menos obras suntuosas e mais projetos para o povo.
Se vencer as eleições, o senador diz que vai aumentar os recursos destinados à saúde, de 7% para 15% do orçamento do Estado.
— Hoje o Rio é um dos Estados que menos investe em saúde, estamos em penúltimo lugar.
O candidato se posicionou contra o aborto. Mostrou-se favorável ao casamento gay e disse não ter preconceitos contra a união de pessoas do mesmo sexo.
Transporte e Segurança
Lindberg tem um projeto que gastaria R$ 4 bilhões para transformar os trens da Baixada Fluminense em metrô da superfície. O candidato disse que vai analisar os contratos com a Supervia e colocar o Estado como regulador e fiscalizador de todo esse processo com a concessionária.
—Na supervia as estações estão lá e tudo aberto, tem uma coisa de composição do tecido urbano onde podemos mudar o modelo de estação e revitalizar aquelas localidades. Vamos continuar comprando trem. Vou abrir a caixa preta do transporte público. Analisar os contratos com a Supervia e demais empresas de transporte.
Lindberg afirmou que vai consolidar o projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), mas deixou claro que em seu governo a iniciativa não vai ser ampliada. Por outro lado, o candidato prometeu investir na formação de novos policiais.
— Na UPP eu quero dar um freio e fazer uma arrumação para consolidar o projeto. Vamos investir na formação do policial. Queremos uma polícia que respeite o trabalhador e a juventude negra que mora na favela.
O candidato quer realocar o efetivo recém-formado da PM. Segundo Lindberg, os novos policiais não iriam para uma UPP e sim para áreas com perda de efetivo policial ou que precisem de aumento no policiamento.
— A polícia tem que estar em locais onde sua representatividade ainda é pouca. Só a ocupação policial não resolve. Em São Gonçalo temos um policial para cada 1.600 pessoas e em Campo Grande (na zona oeste) esse dado é o mesmo, já na zona sul do Rio temos um polical para cada 180 pessoas.
Lindberg quer investir em educação e desenvolveu um projeto para empregar jovens desocupados. Quer revitalizar os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública) e disponibilizar programas federais para incluir a juventude fluminense no mercado de trabalho.
— O Rio é a segunda economia do país, temos que olhar para os nossos jovens e organizar uma educação tecnológica para esses quase 500 mil que nem trabalham e nem estudam, isso é minha prioridade total.
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Confira as datas, os candidatos e a ordem das entrevistas, definidos por sorteio:
22/8 – sexta — Anthony Garotinho — PR
25/8 – segunda — Tarcísio Motta — PSOL
26/8 – terça — Marcelo Crivella — PRB
Assista ao vídeo: