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Eleições 2016

Doria Jr. dispara contra Matarazzo e rebate suposta vantagem com verba de R$ 1,5 mi do governo Alckmin

Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de SP disse que nome do vice sai quinta e deve ser tucano

Eleições 2016|Do R7

João Doria Jr. tem o governador de SP, Geraldo Alckmin, como seu principal fiador na pré-candidatura à Prefeitura da capital paulista
João Doria Jr. tem o governador de SP, Geraldo Alckmin, como seu principal fiador na pré-candidatura à Prefeitura da capital paulista

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria Jr., disparou contra o pré-candidato do PSD, Andrea Matarazzo, em sabatina do jornal Folha de S.Paulo, do UOL e do SBT nesta quarta-feira (20), na capital paulista. O tucano disse que Matarazzo — amigo pessoal do ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB) — está “solitário” no momento.

— Não fui ungido, eu fui votado. O PSDB fez prévias, com primeiro e segundo turno. Venci os dois turnos. Alckmin não impôs uma candidatura. São 27 mil filiados que podiam votar. [...] Só tive o apoio do governador após o primeiro turno. [...] Ser amigo é uma coisa e apoiar é outra.

Doria Jr. destacou, mais uma vez, que “não houve compra de votos, não houve nada”. Pelo contrário: “Houve excesso de votos”. 

— Infelizmente o [Andrea] Matarazzo não soube perder. Faz parte da vida democrática ganhar e perder, assim como na vida privada e na vida empresarial. É preciso ter dignidade para saber perder.


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Doria disse ser natural o repasse de R$ 1,5 milhão em verbas publicitárias do governo Alckmin às publicações do Grupo Lide, do qual é dono. A informação foi veiculada pela Folha de S.Paulo em reportagem de 2015. Porém, admitiu que o tema permite “questionamentos”, uma vez que revistas de maior tiragem recebem verbas menores.


— Temos 19 publicações, três veículos eletrônicos digital ou canal de televisão. Não tenho dúvida da isenção da Folha de S.Paulo mesmo recebendo anúncios do governo federal. [...] Após a minha candidatura, interrompemos qualquer negociação de mídia. [...] O espectro de mídia é muito amplo. Você tem canal de televisão que tem baixa audiência, mas não deixa de ter mídia. [O assunto, porém], pode gerar esse tipo de questionamento.

O PSDB está rachado para a candidatura de Doria. Diversos nomes de tucanos famosos, como o chanceler José Serra, o vice-presidente do PSDB Alberto Goldman e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não vão participar do ato deste domingo (24), que oficializará a o nome de Doria Jr. para concorrer à Prefeitura de São Paulo.


O pré-candidato disse que as ausências não prejudicam a candidatura “porque vários nomes importantes estarão lá, como o governador de São Paulo”.

— Outros governadores [Marconi Perillo, de Goiás; Pedro Taques, do Mato Grosso; e Beto Richa, do Paraná] estarão presentes. Aloysio Nunes estará presente, que apoiou outro candidato. [...]O Serra é um democrata, ele pode não ter me apoiado, mas eu apoio a sua biografia. Exceto o Alberto Goldman, com a idade que tem, merece respeito.

O tucano anunciou também que o nome do vice-prefeito da sua chapa sai nesta quinta-feira (21) e “a tendência é que seja um tucano”.

— O vice-prefeito será informado amanhã. A tendência é que seja um tucano, mais uma vez mostrando que não fazemos uma candidatura espúria.

Propostas

Doria Jr se apresentou como representante das empresas: “Não sou político, sou empresário. Temos 15 pré-candidatos, 14 são políticos. Eu não sou. [Município não tem que dar lucro], mas não pode dar prejuízo. Habitação, mobilidade urbana e segurança pública são investimentos”.

Em seguida, apresentou propostas para o autódromo de Interlagos: “Não faz o menor sentido o governo administrar um autódromo no século 21. [...] Representa por ano R$ 339.792.000. É o que custa. É privatização. Vamos conseguir mais de R$ 5 bilhões de ingresso de recursos”.

Para o estádio do Pacaembu, o tucano disse que “não será cobrado [ingresso] do cidadão no sistema do PPP. É uma questão de modelagem. Tem o Museu do Futebol, vai continuar lá, com uma administração privada. Estádio do Pacaembu será uma concessão. Só terá futebol, só que o estádio com melhores condições. O terceiro complexo esportivo vai continuar tendo acesso livre”.

No caso das marginais Pinheiros e Tietê, “na semana seguinte [em que supostamente for eleito], volta à velocidade estabelecida no código nacional de transito: 70 e 90 km/h”.

O tucano disse ainda que vai manter a avenida Paulista aberta e revisará as ciclovias da cidade, mantendo apenas trechos que estão sendo usados pela população. Sobre as ciclovias, garantiu: “A manutenção será feita pelo setor privado”.

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