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Candidatos evitam embate com Haddad, mas atacam gestão petista em SP

Marta e Doria fizeram "dobradinha" e ficaram mais tempo em destaque no último debate 

São Paulo|Do R7

Participaram do debate desta noite João Doria, Celso Russomanno, Fernando Haddad, Luiza Erundina, Marta Suplicy e Major Olímpio
Participaram do debate desta noite João Doria, Celso Russomanno, Fernando Haddad, Luiza Erundina, Marta Suplicy e Major Olímpio Participaram do debate desta noite João Doria, Celso Russomanno, Fernando Haddad, Luiza Erundina, Marta Suplicy e Major Olímpio

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, foi deixado de lado pelos adversários em debate realizado pela TV Globo na noite desta quinta-feira (29), último antes do 1º turno das Eleições 2016. O petista respondeu apenas duas perguntas durante todo o debate, enquanto o tucano João Doria (PSDB) foi questionado seis vezes pelos adversários. Em quase todos os embates, no entanto, a atual gestão foi alvo de críticas.

A diferença no número de perguntas que cada candidato respondeu aconteceu porque as regras do debate permitiam que cada participante pudesse responder duas questões num mesmo bloco. Marta e Russomanno foram questionados cinco vezes cada um e Luiza Erundina (PSOL) e Major Olímpio (SD), três vezes cada.

Na primeira parte, Haddad foi alvo de quase todos os adversários. Marta Suplicy afirmou, em embate com João Doria, que o petista “virou as costas para a periferia” em sua gestão, citando obras prometidas que não foram entregues, como os CEUs (Centros Educacionais Unificados).

O candidato do PRB, Celso Russomanno, criticou a gestão do prefeito nas áreas inclusão de pessoas com deficiência e de transporte público. Em embate direto com Haddad, o deputado disse que vai descentralizar a cidade para que os cidadãos tenham que se deslocar menos das periferias para o centro. “Precisamos de polos de emprego com impostos um pouco mais baratos nas periferias. Os impostos no entorno de São Paulo são de 2% e aqui na capital são de 5%. Por que o senhor não baixou isso até hoje?”, questionou Russomanno. O prefeito respondeu que adotou a medida na zona leste da cidade.

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Novamente com postura de enfrentamento, Erundina disparou críticas contra Marta. Em embate direto com a senadora, Erundina questionou a Medida Provisória do presidente Michel Temer — correligionário de Marta — que modifica o Ensino Médio. Segundo a deputada, o governo não dialogou com a sociedade antes de propor mudanças significativas.

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Marta disse concordar com a falta de participação popular, mas defendeu a medida. “Acredito que poderia ter sido mais debatida popularmente. Mas faz mais de um ano que está sendo debatida no Senado. Em linhas gerais, me parece interessante porque diminui o número de cadeiras. Hoje temos um monte de matérias e não nos aprofundamos em nada”, afirmou.

No segundo bloco, Haddad e Erundina não foram escolhidos para responder questões. O prefeito apareceu no vídeo apenas para fazer perguntas a Russomanno sobre saúde.

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Após falar de seus feitos à frente da administração municipal, Haddad foi criticado pelo adversário. “Tudo que você não terminou, eu vou terminar”, disse Russomanno, que lembrou sua proposta de informatizar a saúde. “O sistema hoje é travado porque os prontuários são manuais”, afirmou.

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Haddad criticou a possibilidade de, na proposta de Russomanno, haver o risco de o usuário do SUS perder seu prontuário ao perder o seu cartão SUS com chip. “Eu vou ter o prontuário no chip e vou ter o prontuário na nuvem”, retrucou Russomanno.

Erundina também apareceu apenas uma vez, para fazer pergunta a Doria sobre iluminação. O tucano disse que faria uma parceria pública privada para implantar luzes de led na cidade. E aproveitou para atacar Haddad, dizendo que o prefeito não conseguiu firmar um contrato do tipo.

Erundina, então, criticou a ideia de usar capital privado proposto por Doria. “A privatização é um mantra seu”, disse. Como havia feito em outros debates, Erundina chamou Doria de “lobista”, afirmando que ele teria recebido dinheiro público para realizar seus eventos. “Tudo que fiz foi com honestidade e com decência”, respondeu Doria.

Se Haddad e Erundina pouco falaram no bloco, Marta e Doria foram os candidatos mais acionados. Isso ocorreu porque, cada um deles escolheu o outro para responder suas perguntas, além de serem questionados por outros candidatos. Marta questionou Doria sobre habitação e Doria questionou Marta sobre vandalismo.

No terceiro bloco, apenas Olímpio não foi questionado, enquanto Russomanno respondeu a duas perguntas.

A redução de velocidade nas vias apareceu em embate entre Russomanno e Doria. Ambos prometeram revogar a medida de Haddad logo no início da gestão, caso vençam as eleições. Segundo eles, não está comprovada a relação entre a mudança e a queda do número de mortes em acidentes na cidade.

Em embate com Erundina, o prefeito desqualificou o discurso. Disse que a redução de velocidade nas vias é recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e que teve coragem de implementá-la, enquanto os adversários tentam o “voto fácil” ao prometer retomar os antigos limites.

No quarto bloco, Haddad novamente não foi questionado. Ele só apareceu quando perguntou a Russomanno sobre táxis e aplicativos individuais de transporte. Já Doria respondeu a duas perguntas: Russomanno o questionou sobre segurança e Olímpio, sobre pancadões.

Em um dos momentos em que questões federais foram levantadas, Marta defendeu o governo Temer, criticado por Erundina em questão sobre desemprego. “A crise que vive o País hoje é consequência da incompetência de Dilma Rousseff”, afirmou a candidata.

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