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Acusação denuncia 'sistema de prostituição para satisfazer Berlusconi'

Berluconi é acusado de ter pago por relações sexuais com uma jovem, então com 17 anos, e de ter usado seu poder para livrá-la de uma prisão por furto

Internacional|Do R7

Depois de se tornar "a favorita", Ruby passou a receber diretamente de Silvio Berlusconi o que precisava para viver
Depois de se tornar "a favorita", Ruby passou a receber diretamente de Silvio Berlusconi o que precisava para viver

"Um sistema de prostituição foi criado para satisfazer Berlusconi", detalhou o Ministério Público italiano nesta segunda-feira (13). Silvio Berlusconi é julgado por ter remunerado a marroquina, então menor de idade, Ruby, em troca de serviços sexuais e de ter feito lobby por sua libertação após um roubo.

"As jovens mulheres convidadas para a residência particular do então chefe do governo faziam parte de um sistema de prostituição criado para a satisfação sexual pessoal do acusado Silvio Berlusconi", declarou a promotora Ilda Boccassini ao ler a ata de acusação, neste caso transmitido ao vivo pelo canal Sky TG24.

Berlusconi é julgado desde abril de 2011 por ter depositado dinheiro, entre janeiro e maio de 2010, por uma dúzia de serviços sexuais a Karima El Mahroug, também conhecida como "Ruby a ladra de corações", menor de idade na época, e por ter pressionado a polícia de Milão para libertá-la depois de sua prisão por roubo.

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A audiência desta segunda-feira é uma das últimas no processo sobre as festas promovidas por Berlusconi, chamadas "bunga bunga".


O magnata denuncia os juízes "politizados", enquanto Ruby assegura nunca ter tido relações sexuais com o acusado.

No domingo, um dos seus canais de televisão, o Canale 5, exibiu uma longa reportagem especial intitulada "A Guerra dos 20 anos: Ruby, último ato", onde Berlusconi e a jovem falaram de noites "completamente normais".


O julgamento está previsto para o final do mês.

Em sua acusação, a procuradora explicou que Ruby, como a maioria das outras meninas que participaram das noites na casa do Cavaliere, cultivavam um "sonho italiano negativo", à espera de "dinheiro fácil e da oportunidade de trabalhar no mundo do entretenimento".

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Boccassini acusou Ruby de fazer papel de vítima, dizendo viver em más condições de vida e tendo um pai que abusava dela. Para a promotora, seus pais são pessoas "muito dignas que educavam como podiam" uma jovem rebelde e fugitiva.

Depois de se tornar "a favorita", Ruby "recebeu diretamente de Silvio Berlusconi o que precisava para viver em troca de noites em Arcore", indicou a promotora.

Para Boccassini, segundo a qual a garota marroquina dormiu várias noites em Arcore, "não há dúvida de que Ruby era uma prostituta", dado "o recebimento de dinheiro em grandes quantidades".

Ela também destacou o papel do ex-conselheiro regional, Nicole Minetti, neste "sistema de prostituição" em favor de Berlusconi, enquanto sabia que a menina era menor de idade.

O Ministério Público denunciou ainda as pressões de Berlusconi para liberar Ruby, depois de sua detenção por roubo na madrugada do dia 27 ao 28 de maio de 2010. "Eu posso provar, para além de qualquer dúvida razoável, que, naquela noite, funcionários da prefeitura libertaram a menor após uma intercessão do presidente [do Conselho]", disse.

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Segundo ela, os funcionários da prefeitura sabiam que a história contada pela comitiva de Berlusconi sobre Ruby, "sobrinha do então presidente egípcio Hosni Mubarak", era "uma grande mentira".

Para confirmar suas palavras, Boccassini, o grande desafeto do Cavaliere por tê-lo acusado em outros casos, citou dezenas de telefonemas, SMS e a posição dos telefones celulares de testemunhas.

Os problemas legais de Berlusconi, condenado na semana passada a um ano de prisão por sonegação de impostos no julgamento do caso Mediaset, causou um rebuliço no governo de Enrico Letta, que é o primeiro a unir a esquerda e a direita desde a Segunda Guerra Mundial.

Durante uma reunião realizada na Toscana para reforçar a coesão do governo, Letta considerou "inaceitável" a participação de alguns de seus ministros em uma manifestação sábado em Brescia para apoiar Berlusconi e denunciar o Judiciário "politizado".

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