Após megaexplosão, ao menos 60 seguem desaparecidos em Beirute
Desastre que devastou região do entorno do porto da capital libanesa na última terça (4) causou mais de 150 mortes e deixou cerca de 5 mil feridos
Internacional|EFE
Pelo menos 60 pessoas ainda estão desaparecidas por conta da explosão que devastou parte de Beirute na última terça-feira e até agora causou 154 mortes e deixou 5 mil feridos, de acordo com informações divulgadas neste sábado pelo Ministério da Saúde do Líbano.
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A megaexplosão destruiu praticamente por completo o porto da capital, que é porta de entrada de alimentos no país, e os silos de armazenamento de grãos. No local do incidente estavam armazenadas de forma irregular 2.750 toneladas de nitrato de amônio - uma substância altamente explosiva e apontada como razão do impacto do desastre-, o que gerou a indignação da população.
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O porta-voz disse hoje que seguem as buscas por 60 desaparecidos, embora tenha reconhecido que ainda estão revisando esses números.
A megaexplosão no porto de Beirute agravou a já difícil situação vivida pelo país desde o ano passado. A pior crise econômica desde a guerra civil (1975-1990) desencadeou no final de 2019 uma onda de 15 dias de protestos em todo o país que culminaram na renúncia do primeiro-ministro Saad al-Hariri no fim de outubro. A chamada “revolução do WhatsApp” seguiu em ebulição no início deste ano, com críticas a toda a classe política.
O quadro vinha se deteriorando ainda mais com os efeitos da pandemia do novo coronavírus. O desastre fez com que a população decidisse tomar as ruas. Um protesto violento contra o governo provocou confronto entre forças de segurança e milhares de manifestantes nas ruas da cidade. Prédios que abrigam quatro ministérios foram tomados.