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Ataques israelenses matam dez em Gaza em meio a esforços para cessar-fogo

Após domingo sangrento, ofensiva entra em seu sexto dia nesta segunda-feira (19)

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Soldados israelenses preparam tanque de guerra na fronteira do país com a Faixa de Gaza
Soldados israelenses preparam tanque de guerra na fronteira do país com a Faixa de Gaza Soldados israelenses preparam tanque de guerra na fronteira do país com a Faixa de Gaza

Dez pessoas, incluindo uma criança de cinco anos, morreram na manhã desta segunda-feira (19) na Faixa de Gaza no sexto dia da ofensiva militar israelense, que desde o início já provocou 87 mortes, informaram fontes médicas palestinas.

Quatro pessoas, incluindo um menino de cinco anos e duas mulheres de 20 e 23 anos respectivamente, morreram em um ataque no bairro de Zeitun, na Cidade de Gaza.

Três palestinos da mesma família morreram em um ataque com foguete contra um carro no qual circulavam por Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza.

Além disso, um fazendeiro de 50 anos foi encontrado morto na cidade de Beit Lahiya, norte do território palestino.

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Outros dois agricultores morreram em um ataque em Qarara, ao leste de Khan Yunes, sul da Faixa de Gaza.

Fotos: conflito sangrento leva terror e morte

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O Exército israelense confirmou em comunicado ter atacado ao redor de 80 "lugares terroristas" durante a noite, incluindo vários locais de lançamento de foguete, túneis usados pelas milícias, bases de treinamento destas e "várias unidades terroristas que se preparavam para disparar foguetes contra Israel".

Desde o início da ofensiva israelense, na quarta-feira da semana passada, em resposta aos disparos de foguetes palestinos, morreram 90 pessoas: 87 palestinos e três israelenses.

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Domingo sangrento

O domingo foi o dia mais violento, com 31 mortes, em sua maioria mulheres e crianças.

Cerca de 11 palestinos, incluindo quatro mulheres e cinco crianças, e nove membros de uma mesma família, foram mortos à tarde em um ataque aéreo que destruiu um prédio de três andares do bairro de Nasser (norte), na cidade de Gaza.

"Israel, o que as crianças e os recém-nascidos fizeram?", perguntava indignado Khalil al-Dallou, que chorava copiosamente pela morte de seu primo Mohamed, de 35 anos.

"O massacre da família Dallou não ficará impune", advertiram as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do movimento Hamas que governa a Faixa de Gaza.

"Este massacre mostra que o ocupante se vinga de seu fracasso militar atacando civis. Os israelenses vão pagar", afirmou Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento.

Depois da sede do governo do Hamas, completamente destruída no sábado, a aviação israelense atacou dois centros de imprensa em Gaza, ferindo pelo menos oito jornalistas palestinos.

Do lado israelense, pelo quarto dia consecutivo, as sirenes de alerta soaram em Tel Aviv. A polícia anunciou em seguida que dois foguetes tinham sido interceptados pelo sistema antimísseis "Iron Dome" (“Domo de Ferro”).

Mais da metade dos palestinos mortos é de civis, segundo fontes médicas e das organizações de defesa dos direitos humanos. Os três israelenses, todos civis, morreram na quinta-feira atingidos por um disparo de foguete no sul de Israel.

É " preferível" evitar uma operação terrestre, diz OBama

Pelo menos 846 foguetes foram disparados desde quarta-feira em direção a Israel, sendo que 302 foram interceptados pelo sistema antimísseis "Iron Dome", segundo o Exército israelense.

Israel mobilizou milhares de reservistas e deslocou blindados de transportes de tropas, bulldozers e tanques na fronteira para a Faixa de Gaza.

O presidente americano reafirmou que "Israel tem o direito de esperar que mísseis não sejam disparados contra seu território".

— Se isso puder ser resolvido sem a ampliação das atividades militares em Gaza, é preferível.

Londres já tinha alertado que uma operação terrestre poderia "custar" a Israel "grande parte" de seu apoio internacional. Hague considerou que isso "ameaçaria prolongar o conflito".

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, afirmou neste domingo em Tel Aviv que "é preciso intervir com urgência" para obter um cessar-fogo entre Israel e os grupos armados palestinos da Faixa de Gaza.

— A guerra não é uma opção. Nunca é uma solução. É preciso intervir com urgência. Há duas palavras-chave: urgência e cessar-fogo.

Já Abbas pediu neste domingo aos palestinos que se manifestem pacificamente contra a "agressão israelense em Gaza".

Uma autoridade israelense foi neste domingo ao Cairo para discutir uma trégua.

O presidente egípcio, Mohamed Mursi, havia se mostrado otimista no sábado, mencionando contatos com os dois lados e "algumas indicações sobre a possibilidade de um cessar-fogo em breve".

"Pilar Defensivo" é a mais vasta operação israelense contra Gaza desde a ofensiva devastadora de dezembro de 2008 - janeiro de 2009, que apenas causou a suspensão temporária dos disparos de foguetes.

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