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Atirador de Orlando era “tranquilo” e tinha poucos amigos. Conheça Omar Mateen

Mateen era americano, trabalhava como segurança e já tinha sido investigado pelo FBI por 2 vezes

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Omar Mateen foi morto pela polícia de Orlando após assassinar 50 pessoas
Omar Mateen foi morto pela polícia de Orlando após assassinar 50 pessoas Omar Mateen foi morto pela polícia de Orlando após assassinar 50 pessoas

A polícia norte-americana identificou o atirador que disparou contra frequentadores de uma boate gay na Flórida na madrugada deste domingo (12), deixando pelo menos 50 mortos. Ele é Omar Saddiqui Mateen, de 29 anos.

De acordo com as autoridades, Mateen é cidadão americano, natural de Nova York e filho de pais nascidos no Afeganistão. Ele já chegou a trabalhar como segurança em uma empresa privada, uma das explicações para o fato de possuir "treinamento em armas".

Um alto funcionário do FBI disse que havia indicações de que o atirador poderia ter ligações com militantes do grupo extremista Estado Islâmico. Antes de cometer o crime, Mateen telefonou para o serviço de emergências, o 911, para afirmar lealdade ao grupo radicas. Autoridades, contudo, dizem que as investigações ainda estão em andamento e que não é possível confirmar essa relação.

De acordo com a agência de notícias Reuters, Mateen, que foi morto pela polícia, vivia aparentemente uma vida tranquila em Fort Pierce, na costa sul da Califórnia, a 195 km do local do massacre.

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Segundo Syed Shafeeq Rahman, imã da mesquita na Flórida frequentada por Mateen por cerca de dez anos, o jovem não era de conversar muito e pouco interagia na congregação.

— Ele dificilmente fazia amigos. Ele costumava vir com seu filho pequeno para rezar à noite e depois ia embora.

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Rahman declarou que Mateen jamais fez qualquer reclamação ou comentário contra homossexuais. O imã afirmou que ele próprio tinha o costume de falar contra a violência na congregação.

O pai de Mateen, por outro lado, declarou em entrevista à NBC que seu filho se irritou ao ver um casal gay se beijando no centro de Miami.

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Já a ex-mulher de Mateen declarou ao jornal Washington Post que o rapaz era “violento” e “mentalmente instável”.

— Ele não era uma pessoa estável. Ele me batia. Ele voltava para casa e começava a me bater porque a roupa não estava lavada ou algo assim.

Já um amigo de colégio do atirador, Samuel King, que é gay assumido, disse que Mateen nunca se mostrou contra os gays durante o ensino médio ou mesmo após se formaram, quando trabalharam em um mesmo shopping.

— O que está me chocando é que a maioria dos clientes do restaurante onde eu trabalhava era gay. E Mateen claramente não era antigay, pelo menos naquela época. Ele nunca mostrou nenhum ódio contra a gente. Ele tratava a gente como nós somos. Ele sempre sorria e dizia ‘oi’.

Investigações

O FBI já tinha investigado Mateen em duas ocasiões, em 2013 e 2014, por suspeitas de relação com radicais islâmicos — o tiroteio está levantando mais uma vez o debate sobre a estratégia dos EUA de identificar terroristas e prevenir atentados como o de hoje.

Segundo o agente do FBI Ron Hopper, em 2013 Mateen fez comentários inflamados sobre colegas de trabalho que elogiavam militantes radicais.

Mateen trabalhava desde setembro de 2007 como segurança em uma firma de segurança privada, a britânica G4S, uma das maiores do mundo. A companhia presta serviços para prédios públicos na Flórida, mas ainda não está claro se Mateen tinha ou não acesso a esses locais.

Já em 2014, Mateen foi investigado e entrevistado novamente suspeito de relações com Moner Mohammad Abu-Salha, cidadão americano que se tornara um homem-bomba suicida na Síria naquele.

Nenhuma das duas investigações, segundo Hoper, mostraram evidências significativas.

— Ele não representava uma ameaça real naquela época.

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