A ex-mulher de Omar Mateen, de 29 anos, acusado de matar 50 pessoas em Orlando, foi entrevistada pelo jornal Washington Post e falou sobre o ex-marido.
Segundo ela, Omar era violento, mentalmente instável e a agrediu durante o tempo em que ficaram casados.
Os dois se conheceram há oito anos — pela internet — e ela se mudou para a Flórida para se casar com ele.
Em sua declaração para o jornal, ela pediu anonimato por temer por sua segurança e relatou agressões que sofreu durante o tempo em que ficaram juntos.
— Ele não era uma pessoa estável. Ele me batia. Ele voltava para casa e começar a me bater porque a roupa não estava lavada ou algo assim.
Em entrevista para a rede de TV NBC, o pai de Omar pediu desculpas publicamente pelas ações de seu filho.
O pior atentado da história dos EUA
Autoridades da Flórida (EUA) confirmaram que já chega a 50 o número de mortos em um ataque terrorista a uma boate gay na cidade de Orlando, na madrugada deste domingo (12). Segundo o prefeito, Buddy Dyer, outras 53 vítimas estão hospitalizadas.
Um homem identificado como Omar Saddiqui Mateen, de 29 anos, invadiu a casa noturna, por volta das 2h (3h em Brasília) portando um rifle e uma menor e abriu fogo contra quem estava no local. Ele era cidadão norte-americano e vivia em Port St. Lucie, também na Flórida. Havia cerca de 320 pessoas no estabelecimento.
Dyer lembrou que se trata do pior ataque feito por um atirador da história dos Estados Unidos. O atentado também é o segundo mais mortal, desde 11 de setembro.
Muitas delas conseguiram fugir, mas algumas permaneceram reféns até 5h (6h em Brasília), quando policiais invadiram o local e mataram o atirador. Ele portava um dispositivo que poderia ser um cinto explosivo, segundo autoridades.
O FBI comanda as investigações e apura se Mateen tinha alguma relação com grupos extremistas islâmicos. Há indícios de que ele tinha treinamento para usar armas.
O governo da Flórida decretou situação de emergência no estado.