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Autoridades da Crimeia soltam comandante ucraniano; Kiev pede ao mundo que não reconheça anexação

O almirante Serhiy Haiduk foi levado na quarta-feira (19) de um complexo naval na região 

Internacional|Do R7

Um oficial da Marinha ucraniana deixa a base naval em Sebastopol
Um oficial da Marinha ucraniana deixa a base naval em Sebastopol

O comandante da Marinha da Ucrânia, Serhiy Haiduk, e várias outras pessoas detidas por autoridades da Crimeia na quarta-feira foram soltos, informou o site da Presidência do país nesta quinta-feira (20). Em Kiev, o Parlamento ucraniano pediu ao mundo que não reconheça a anexação da região pela Rússia.

Um porta-voz militar ucraniano disse que o almirante Serhiy Haiduk foi levado na quarta-feira (19) de um complexo naval na região da Crimeia, que está sob controle da Rússia, pelo que pareciam ser forças especiais russas.

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O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, pediu às autoridades da Crimeia nesta quinta-feira que soltassem os reféns e os permitisse uma saída segura da região.

Ucrânia pede que mundo não reconheça a Crimeia


A Rada Suprema (parlamento) da Ucrânia aprovou uma resolução que pede à comunidade internacional que não reconheça a anexação da Crimeia pela Rússia e assegura que o povo ucraniano nunca deixará de lutar por libertar seu território da ocupação russa.

A declaração, proposta pelo presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, foi aprovada com 274 votos dos 303 deputados presentes no plenário da Rada.


"Em nome do povo ucraniano, a Rada declara que a Crimeia foi, é e será parte da Ucrânia. O povo ucraniano nunca e sob nenhuma circunstância deixará a luta para libertar a Crimeia dos ocupantes por dura e prolongada que esta seja", diz o documento.

Os deputados ucranianos pediram a "todos os membros da comunidade internacional que se abstenham de reconhecer a chamada 'república da Crimeia' e a anexação da Crimeia e Sebastopol à Rússia como novas entidades federativas".

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O documento denuncia que a república autônoma da Crimeia foi "invadida pela Rússia, em uma violação flagrante das normas do direito internacional e dos princípios geralmente aceitos de convivência dos Estados".

"Pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial as fronteiras da Europa reconhecidas por todos foi desenhada cinicamente pelo país que segundo tratados multilaterais e bilaterais garantiria a integridade territorial da Ucrânia e a inviolabilidade de suas fronteiras", acrescenta a declaração.

Segundo a Rada, o único motivo claro da Federação Russa para "perpetrar este crime internacional é a alardeada doutrina que procura 'estender o mundo russo'".

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