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OTAN: ação russa é a ameaça mais grave à Europa desde a Guerra Fria

Secretário-geral diz que esse é um alerta para todos os países comprometidos com a paz

Internacional|Do R7

Para secretário-geral da OTAN, a incorporação é um alerta
Para secretário-geral da OTAN, a incorporação é um alerta

O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, considerou nesta quarta-feira (19) que a incorporação da Crimeia por parte da Rússia constitui a ameaça mais grave para a estabilidade da Europa desde a Guerra Fria.

"Vivemos outras crises na Europa nos últimos anos: os Bálcãs nos anos 90, a Geórgia em 2008. Mas esta é a ameaça mais grave à segurança e à estabilidade da Europa desde o fim da Guerra Fria", ressaltou Anders Fogh Rasmussen no documento de um discurso que deve pronunciar nesta quarta em Washington.

— Isso é um alerta. Para a Otan, para todos aqueles compromissados com a Europa, com a liberdade e com a paz, acrescentou.

A situação é mais séria pelo tamanho das ações da Rússia, que realizou uma das maiores movimentações de tropas na Europa em décadas, e porque isso aconteceu bem na fronteira dos territórios da Otan, afirmou.


Rasmussen denunciou a movimentação russa como uma agressão militar que violou a soberania da Ucrânia.

"Qualquer tentativa de justificar a anexação da Crimeia através de um chamado referendo realizado sob a mira de armas é ilegal e ilegítimo", diz o texto.


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Ele exige que Moscou interrompa todas as operações militares e que busque um diálogo pacífico com o governo ucraniano.


Mas, se continuar no curso atual, a Rússia estará escolhendo um crescente isolamento internacional, explicou Rasmussen, referindo-se às sanções aplicadas contra o país.

O secretário não levantou a hipótese de uma ação militar, e reconheceu que o Ocidente não tem nenhuma alternativa fácil.

— Não existe uma saída rápida e fácil para reagir contra agressores globais. Isso acontece porque, numa democracia, nós debatemos, deliberamos e consideramos as opções antes de tomar decisões. Porque nós valorizamos a transparência e procuramos legitimidade em nossas escolhas, disse.

"E porque nós vemos o uso da força como último, e não o primeiro, recurso", concluiu.

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