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Brasileiros relatam que ataques contra Israel continuam mesmo com cessar-fogo

Acordo de trégua entrou em vigor às 17h (Brasília) nesta quarta-feira (21)

Internacional|Do R7*

O acordo de cessar-fogo entre o Exército de Israel e milícias de Gaza anunciado nesta quarta-feira (21) pelo ministro de Relações Exteriores do Egito, Mohamed Kamel Amr, não surtiu efeito na cidade de Ashkelon e na região próxima à fronteira do país com a Faixa de Gaza, segundo brasileiros entrevistados pelo R7.

Natan Galkowicz, que mora em uma Kibutz — fazenda coletiva onde vivem cerca de 150 famílias brasileiras — a 7 km da fronteira, pelo menos 20 mísseis caíram na região após o início do cessar-fogo, há pouco mais de duas horas.

— Continua tudo absolutamente igual aqui. A população está em abrigos antiaéreos.

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Segundo Galkowicz, aviões israelenses continuam cruzando o céu, enquanto mísseis caem em Israel, lançados da Faixa de Gaza. O brasileiro diz também que a população está sem informações concretas sobre a situação do país desde que o cessar-fogo foi anunciado.

— O que vemos na televisão é uma visão extremamente parcial do que está acontecendo. Só posso ter certeza do que estou vendo e ouvindo; e o que estou ouvindo são novas explosões.


Na cidade de Ashkelon, no sul de Israel, o brasileiro Salomão Chimanovitch, mora com a família brasileira há mais de 15 anos. Segundo ele, ataques aéreos seguem acontecendo na cidade, uma das mais atingidas por mísseis palestinos.

— Ainda tem avião passando e já jogaram cerca de 12 mísseis. A gente não acredita muito nisso [o acordo de cessar-fogo].

Apesar de acreditar que a região está “aparentemente mais calma” do que antes do cessar-fogo, Chimanovitch diz que o medo ainda está presente entre a população.

— Tenho dois netos pequenos que estão traumatizados com as sirenes [que antecedem um ataque aéreo]. Eles começam a chorar, porque o barulho não é como uma sirene de ambulância. É alto bem alto, balança tudo.

Com medo de sair na rua, Chimanovitch acompanha as novidades do conflito pela televisão e pela internet.

— Aqui é tudo irregular. Não sabemos como vai ser amanhã, como vai ser o próximo minuto. Agora mesmo estou vendo que, em Gaza, eles estão festejando. O quê eu não sei.

*Giovanna Arruda, estagiária do R7

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