Pelo menos 20 pessoas morreram hoje (20), no naufrágio de uma embarcação com mais de 300 ocupantes no mar Mediterrâneo. De acordo com a Agência Brasil, a informação foi dada por uma das pessoas a bordo, que pediu ajuda para uma organização internacional enquanto o navio afundava.
Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, informou que a Guarda Costeira italiana e de Malta tentam socorrer duas embarcações diante do litoral da Líbia, nas quais viajavam cerca de 450 imigrantes.
A OMI (Organização Internacional para as Migrações) diz ter recebido um pedido de ajuda de uma embarcação com mais de 300 pessoas a bordo, no Mediterrâneo. Segundo a Agência Brasil, a Guarda Costeira, teria respondido que “Não têm recursos para fazer esses salvamentos no momento”, e devem tentar direcionar navios comerciais para o local, mas a organização já adianta que alguns destes navios “não querem colaborar”.
700 desaparecem após naufrágio de barco com imigrantes no Mediterrâneo
Itália confirma que está socorrendo duas embarcações com cerca de 450 pessoas
Renzi deu a informação durante entrevista coletiva conjunta com o ministro maltês Joseph Muscat, com quem se reuniu hoje, em Roma, para discutir o último naufrágio ocorrido no Canal da Sicília, onde acredita-se que entre 700 e 950 imigrantes morreram.
“Éramos 950 pessoas, com cerca de 40 a 50 crianças e umas 200 mulheres”, relatou um dos 28 sobreviventes da embarcação que afundou na noite de sábado para domingo, perto da Líbia, ao jornal Corriere Della Sera.
Segundo outro sobrevivente, ainda há “Muitos fechados no porão (da embarcação)”. Até o momento foram resgatadas 28 pessoas e 24 corpos. A Para a ONU, a tragédia é uma “hecatombe sem precedentes”.
Preliminares estimaram 700 mortos, mas o número deve ser bem maior, já que alguns resgatados com vida informaram que havia 950 pessoas a bordo da embarcação.
Segundo Carlotta Sami, representante do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), desde o início do ano mais de 1.650 pessoas morreram no Mediterrâneo. “O número deve aumentar, já que as guerras no Mediterrâneo continuam”, disse ao jornal italiano Repubblica.
Dependendo do número de vítimas confirmadas, este pode ser o mais grave episódio registrado na região, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.