A China anunciou na manhã de quarta-feira (18) uma retaliação às restrições impostas pelos Estados Unidos aos jornalistas chineses, com ações que incluem a suspensão de credenciais de imprensa de correspondentes americanos de jornais como The New York Times, Wall Street Journal e Washington Post.
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A medida escala uma disputa entre China e Estados Unidos sobre jornalistas estrangeiros. O governo norte-americano cortou neste mês o número de cidadãos chineses com permissões para trabalhar em redações norte-americanas de veículos de imprensa estatais chineses.
Em nota publicada nas primeiras horas de quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que cidadãos norte-americanos que trabalham como jornalistas para três organizações e cujas credenciais de imprensa expiram no final do ano devem devolver as credenciais e não serão mais autorizados a trabalhar na China continental, em Hong Kong e em Macau.
Não ficou imediatamente claro quantos jornalistas seriam afetados pela medida.
A China também disse que "no espírito da reciprocidade", as filiais chinesas da Voice of America, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post e da revista Time precisam "declarar de maneira escrita informações sobre suas equipes, finanças, operações e imóveis na China".
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que lamentou a decisão da China de rescindir as credenciais da imprensa de mais jornalistas americanos e espera que Pequim reconsidere.
Pompeo disse a repórteres em uma entrevista coletiva do Departamento de Estado que a medida privaria o mundo e o povo chinês de informações em tempos "incrivelmente desafiadores" causados pelo coronavírus.