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China garante que dados sobre Covid são 'transparentes'; números parecem não refletir a realidade

Fim dos testes obrigatórios e mudança na definição de óbito pela doença põem em dúvida informações divulgadas pelo país

Internacional|

Profissional da saúde cuida de paciente com Covid-19 em Pequim
Profissional da saúde cuida de paciente com Covid-19 em Pequim Profissional da saúde cuida de paciente com Covid-19 em Pequim

O governo chinês insistiu que os dados divulgados sobre as mortes por Covid-19 sempre foram transparentes — informou a mídia estatal, apesar de os números oficiais parecerem não refletir a situação nos hospitais e crematórios do país.

A publicação de todas as informações sobre o vírus é feita "com espírito de abertura", garantiu Jiao Yahui, da Comissão Nacional da Saúde, em uma reunião com a imprensa organizada pelo Conselho de Estado, de acordo com informações da agência de notícias Xinhua.

O órgão nacional de controle de doenças contabilizou 5.500 novos casos e uma morte nesta sexta-feira (30).

O fim dos testes obrigatórios e a mudança na definição de óbito por Covid-19 põem, no entanto, em dúvida, se esses dados refletem a magnitude da atual onda epidêmica no país. 

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Jiao Yahui explicou que a China tem contabilizado como vítimas do coronavírus apenas as pessoas que morreram de insuficiência respiratória induzida pela infecção após testarem positivo em teste de PCR. Outros países incluem todas as pessoas falecidas em um prazo de até 28 dias após testar positivo para a doença.

"A China sempre se comprometeu com critérios científicos ao julgar as mortes por Covid-19", insistiu.

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Já a empresa de análise de riscos sanitários Airfinity estima que haja 9.000 mortos e 1,8 milhão de pessoas infectadas por Covid diariamente na China e prevê 1,7 milhão de óbitos no país até o fim de abril.

A companhia britânica disse que seu modelo é baseado em dados das províncias chinesas antes da implementação das mudanças na contagem do número de casos, combinados com a evolução da epidemia que ocorreu em outros países quando as restrições foram suspensas.

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Após quase três anos de uma política de "Covid zero", a China suspendeu no início deste mês inúmeras restrições e, nesta semana, anunciou que revogaria as quarentenas obrigatórias para viajantes internacionais.

Isso levou países como Estados Unidos, Itália, Japão e Índia a imporem restrições aos passageiros procedentes da China.

A Coreia do Sul seguiu o exemplo nesta sexta-feira, limitando o número de voos da China e forçando os viajantes a apresentarem um teste de Covid negativo.

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