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Cofundador do Talibã chega a Cabul para negociar governo inclusivo

Mullah Abdul Ghani Baradar vai conversar com líderes dos combatentes extremistas e responsáveis políticos

Internacional|

Baradar vai negociar por governo inclusivo em Cabul
Baradar vai negociar por governo inclusivo em Cabul Baradar vai negociar por governo inclusivo em Cabul

A equipe sênior do movimento Talibã chegou neste sábado (21) à capital do Afeganistão para negociar um futuro governo "inclusivo", enquanto o desespero de milhares de pessoas cresce, ainda à espera de deixarem o país em uma operação de evacuação.

Um líder do Talibã disse à AFP que o cofundador do grupo, Mullah Abdul Ghani Baradar, chegou a Cabul "para manter negociações com líderes dos combatentes extremistas e com responsáveis políticos para formar um governo inclusivo".

Veja mais: Em fuga, afegãos são recebidos em vários países do mundo

Autoridades talibãs informaram que esses encontros incluem altos líderes da rede Haqqani, considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos, que oferece milhões de dólares pelos seus líderes.

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Detido entre 2010 até 2018, Baradar trabalhou desde então como chefe do escritório do Talibã em Doha, participando das negociações e da assinatura do acordo de retirada dos Estados Unidos.

Seis dias depois que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão, o fluxo de pessoas que tentam fugir de seu regime islamita preocupa a comunidade internacional. As ruas que levam ao aeroporto estavam lotadas pelo trânsito, pedestres e postos de controle, enquanto as famílias esperam um milagre para chegarem ao local, protegido com arame farpado.

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O vídeo de um soldado americano que levantou um bebê sobre um muro no aeroporto de Cabul foi o mais recente retrato do desespero vivido por milhares de afegãos, depois das imagens de terror de pessoas penduradas nos aviões em plena decolagem.

"Por favor, por favor, me ajude, para onde vou? O que devo fazer?", escreveu um homem que disse ter trabalhado anos atrás na embaixada dos EUA, em um grupo de WhatsApp no qual as pessoas compartilham informações sobre como sair. "Estou há dias tentando chegar ao aeroporto, mas não consigo. Por favor, me salvem!", suplicou.

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Milhares de soldados americanos tentam ordenar a chegada de afegãos e estrangeiros aos aviões, mas o presidente Joe Biden admitiu que a presença dos soldados não garante a passagem segura. "Esta é uma das maiores e mais difíceis pontes aéreas da história", expressou Biden em um discurso. "Não posso prometer qual será o resultado."

Helicópteros militares americanos foram enviados para resgatar mais de 150 americanos que não conseguiram chegar ao aeroporto na sexta-feira de manhã, disse um funcionário em Washington. Foi o primeiro relato das tropas americanas, que precisaram se deslocar para fora do aeroporto para ajudar as pessoas que precisam ser evacuadas.

Biden estabeleceu 31 de agosto como prazo para completar a retirada das tropas do Afeganistão, mas alertou que pode se estender para continuar a evacuação. Cerca de 13.000 pessoas saíram em aviões militares americanos, segundo a Casa Branca, e outras milhares saíram em aviões de outros países.

A crise lançou dúvidas sobre a posição dos Estados Unidos como superpotência mundial e sua capacidade de ajudar seus aliados no mundo. Os talibãs tomaram Cabul na semana passada, após duas décadas de conflito, depois que Biden ordenou retirar todas as tropas americanas do Afeganistão. Biden admitiu que ficou surpreso com a rapidez com que os talibãs derrotaram as tropas do governo afegão.

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