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Conheça Chuck Hagel, ex-veterano de guerra que vai chefiar a Defesa dos EUA

Ex-senador republicano é o primeiro soldado de campo a chefiar o Pentágono

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Hagel (esq.), ao lado de Obama e Panetta
Hagel (esq.), ao lado de Obama e Panetta Hagel (esq.), ao lado de Obama e Panetta

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta segunda-feira (7) Chuck Hagel, ex-senador republicano e veterano da Guerra do Vietnã, como seu novo secretário de Defesa para o lugar de Leon Panetta.

Em discurso no East Room, salão cerimonial da Casa Branca, Obama disse que Hagel é o "líder" que as tropas do país "merecem", e um "patriota americano".

O presidente agradeceu a Panetta por seu trabalho desde 2011 à frente do Pentágono e como parte de "uma incrível equipe de segurança nacional".

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Obama troca o comando da Defesa e da CIA

Obama relembrou ainda as conquistas de Panetta, como a retirada das tropas do Iraque, a transição no Afeganistão e a morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

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A respeito de Hagel, presente no ato à direita de Obama, o presidente destacou seu passado como veterano da Guerra do Vietnã, condecorado com dois Corações Púrpuras por salvar a vida de seu irmão.

Ele vai se tornar o primeiro chefe do Pentágono que foi soldado de tropa.

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O presidente destacou que Hagel "sabe que a guerra não é uma abstração, mas é algo que só fazemos quando é absolutamente necessário".

Além disso, mencionou a afiliação republicana de Hagel, ex-senador por esse partido até 2009.

— É o reconhecimento que, no que diz respeito à defesa do país, não somos republicanos ou democratas, somos americanos. Da mesma forma que Hagel esteve lá (Vietnã) por seu irmão, as tropas saberão que seu secretário de Defesa estará lá por elas.

Hagel foi criticado por alguns republicanos por sua postura crítica a Israel e por se opor à Guerra do Iraque durante o mandato de George W. Bush.

O novo secretário de Defesa tem desafios como a transferência da segurança no Afeganistão, a instabilidade no Oriente Médio e os cortes necessários em defesa como parte dos planos de ajuste orçamentários nos Estados Unidos.

Obama disse que, como homem de negócios, Hagel dirigiu uma empresa de telecomunicações e foi executivo de investimentos, sabe tomar decisões "sábias", embora "duras" em assuntos orçamentários.

O posto de Hagel deve ainda ser confirmado pelo Senado, onde pode enfrentar oposição e críticas.

Por sua vez, Panetta, que foi durante o primeiro mandato de Obama chefe da CIA e do Pentágono, expressou sua gratidão pela homenagem e o privilégio de servir em sua administração e assegurou que Hagel "tem um profundo conhecimento de temas de segurança nacional e é um dedicado servidor público".

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Hagel é um republicano com fama de franco-atirador, acusado por integrantes de seu próprio campo de não se manter suficientemente próximo a Israel e de ser ingênuo diante do Irã.

Veterano da guerra do Vietnã, relutante em comprometer o Exército em conflitos, sua missão consistirá em reduzir as dimensões do Pentágono.

Com 66 anos de idade, Hagel é um adepto da linguagem direta, um homem independente de espírito que não hesitou em criticar as posturas de seu partido em relação à guerra no Iraque.

Durante a cerimônia de nomeação, Obama destacou a "vontade de dizer o que pensa" de Hagel.

Esta segunda autoridade republicana designada por Barack Obama para comandar o Pentágono após a saída de Robert Gates, que tem em comum com seu substituto o pragmatismo, deve assumir o corte de um orçamento militar a seu ver "inflado", a organização da retirada do Afeganistão e o acompanhamento da situação em Irã e Síria.

Mesmo antes de sua designação oficial, seus adversários já criticavam a iniciativa de Obama.

Hagel recebe muitas críticas por se distanciar de Israel em diversas questões e é acusado de ingenuidade por sua oposição no passado às sanções contra o regime de Teerã. Para o Washington Post, Hagel é uma "opção ruim em um mau momento".

Alguns parlamentares apontam também para a sua falta de tato, para "a forma como manifesta suas opiniões, para as posições que assume", segundo Michael O'Hanlon, analista militar da Brookings Institution.

Em relação ao conflito no Iraque, este homem, que integrou a lista de prováveis vice-presidentes de George W. Bush, considerou a iniciativa do governo republicano "mais do que lamentável" e afirmou que o envio de reforços a esse país a partir de 2007 tinha representado a aposta "mais perigosa em matéria de política externa desde o Vietnã".

No Vietnã, ao lado de seu irmão

Chuck Hagel cresceu em uma família pobre, com um pai alcoólatra e algumas vezes violento, e se destacou no Vietnã, onde serviu como sargento na mesma unidade de infantaria de seu irmão menor Tom. Ele foi ferido em duas oportunidades na selva do delta do Mekong e recebeu várias medalhas Purple Heart.

Tom e Chuck salvaram as vidas um do outro nessas batalhas, das quais Tom mantém a cicatriz de uma terrível queimadura no rosto.

Ao voltar do Vietnã, realizou trabalhos menores até entrar para a equipe de um senador por Nebraska, em que brilhou.

O presidente Ronald Reagan o designou número dois do Departamento de Veteranos de Guerra. Mas ele se distanciou do ex-presidente por discordar dos cortes das pensões dos soldados. No setor privado, criou uma empresa de telefonia móvel que o tornou milionário.

Após a sua eleição para o Senado, entrou para a comissão de Relações Exteriores da casa, onde ficou amigo do republicano John McCain, do democrata Joe Biden e, inclusive, de Barack Obama, a quem acompanhou em viagens a Iraque e Afeganistão.

Em 2008, depois de desistir de se candidatar à Presidência, se negou a apoiar McCain, por ser contrário a sua postura belicista, e declarou estar disposto inclusive a formar chapa junto com Obama se este propusesse.

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