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'Diga ao príncipe Harry para parar de elogiar droga que levou à morte da minha filha', diz mãe angustiada

Britânica enviou carta ao rei Charles após duque de Sussex dizer em evento que o alucinógeno ayahuasca ajudou sua saúde mental

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Kate Hyatt se suicidou após utilizar o alucinógeno ayahuasca, elogiado pelo príncipe Harry
Kate Hyatt se suicidou após utilizar o alucinógeno ayahuasca, elogiado pelo príncipe Harry Kate Hyatt se suicidou após utilizar o alucinógeno ayahuasca, elogiado pelo príncipe Harry

A britânica Michelle Hyatt, cuja filha Kate, aos 32 anos, se suicidou após usar ayahuasca, implorou ao rei Charles 3º que impeça o príncipe Harry de exaltar os efeitos do alucinógeno ilegal. 

Em um evento online de 90 minutos, o duque de Sussex falou sobre a própria experiência ao tomar a droga sul-americana. Disse ele: a bebida "me mudou" e "me ajudou a lidar com os traumas e as dores do passado". Segundo descrição do príncipe, o alucinógeno atuou "limpando o para-brisa" de sua mente perturbada.

Desolada e aflita com os comentários de Harry ao elogiar a ayahuasca — que também aparecem no livro de memórias dele, Spare (O que Sobra, em português) —, Michelle, que trabalhou como enfermeira, escreveu uma carta de cinco páginas ao rei.

"O rei é um pai, e eu queria que ele soubesse como me sentia como uma mãe em luto. Os comentários de seu filho são irresponsáveis, imprudentes e podem levar as pessoas ao caminho da devastação", disse a mãe de Kate ao tabloide britânico Daily Mail.

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A britânica reforça que, apesar de estar "com raiva e desapontada", a carta não foi um ataque ao monarca, pois ele não tem responsabilidade pelo filho. No entanto, ela afirma que queria que Charles 3º "ouvisse o outro lado da ayahuasca". 

“A experiência que o príncipe Harry descreveu não se correlaciona com a de minha filha. Ele tem uma plataforma, discutir o uso dessa droga para ajudar a saúde mental é vergonhoso", destaca Michelle. "Harry pode falar sobre sua própria experiência, mas, como ele é uma figura tão influente, as pessoas vulneráveis podem pensar que tudo bem. No caso da minha filha, não."

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De acordo com a enfermeira aposentada, a ayahuasca é comercializada como uma cura à base de plantas, mas não é algo diferente de comprar um saco de heroína na esquina. No caso de Kate, a mãe conta que o alucinógeno a tornou uma pessoa "irreconhecível diante daquela que ela era antes e contribuiu para seu suicídio", em outubro de 2021. 

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A mulher, de 32 anos, sofreu uma psicose grave após ingerir a droga e começou a acreditar que estava infectada com um parasita e podia ver vermes amarelos se contorcendo nas veias de seus braços. Kate ainda achava que estava paralisada, dizendo aos pais que não conseguia se mexer — mesmo andando.

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"Ela tinha alucinações, delírios. Todas as noites gritava e chorava. Ela sentia como se estivesse com muita dor, dor no nervo, e passou a se alimentar apenas de comida branca", lembra Michelle. "Eu teria feito qualquer coisa para torná-la melhor. Eu cuidava dela 24 horas por dia e estava desesperada."

O alucinógeno foi utilizado em busca de uma cura para aquilo que a família acreditava ser um demorado caso Covid-19 e para ajudá-la a superar uma leve depressão, que foi exacerbada por um longo e solitário isolamento social. 

Apesar de ser uma tradição tribal na Amazônia, a ayahuasca tem um número crescente de seguidores como ferramenta terapêutica para melhorar a saúde mental.

Procurado pelo Daily Mail, o Palácio de Buckingham afirmou: "Não comentamos correspondência privada enviada a Sua Majestade o Rei". 

* Estagiária do R7, sob supervisão de Celso Fonseca

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