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Dissidentes das Farc sequestram funcionário da ONU na Colômbia

O colombiano Arley Lopez foi raptado por homens armados perto de Miraflores

Internacional|Do R7, com Reuters e Agência Brasil

Rebeldes rejeitaram o processo de paz da polícia
Rebeldes rejeitaram o processo de paz da polícia

Um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) que trabalha em um projeto de substituição de cultivos ilegais na Colômbia foi sequestrado por rebeldes dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram o processo de paz, disseram fontes da ONU, da polícia e dos militares nesta quinta-feira.

O funcionário colombiano da ONU Arley Lopez foi raptado por homens armados na véspera perto de Miraflores, em Guaviare, província do sul da Colômbia onde o cultivo de folha de coca representa grande parte da produção de cocaína do país há tempos. Ele foi detido em comboio de veículos, disseram as fontes.

O governo está tentando substituir a folha de coca, matéria-prima da cocaína, por cultivos legais.

O sequestro aconteceu no momento em que o Conselho de Segurança da ONU está na Colômbia para debater o acordo de paz assinado no final do ano passado com as Farc para encerrar mais de cinco décadas de conflito na nação andina.


Embora até 7 mil combatentes tenham concordado com o pacto e atualmente estejam envolvidos no processo de entrega das armas à ONU, várias centenas deles se recusaram a fazê-lo. Estes dissidentes formaram um novo grupo criminoso e continuam com o lucrativo negócio do tráfico de drogas que as Farc praticaram durante anos, disseram os militares. A liderança das Farc expulsou os dissidentes.

Durante anos as Farc usaram o tráfico de drogas, os sequestros e a extorsão para financiar sua luta com o governo.


Processo de paz

A ONU tem na Colômbia uma missão de apoio ao processo de paz, que supervisiona o desarmamento das Farc e que atua no país paralelamente a várias agências humanitárias e em cooperação com as Nações Unidas.


Ontem (3) à noite, chegaram a Bogotá integrantes do Conselho de Segurança da ONU para manifestar apoio ao processo de paz entre o governo colombiano e as Farc.

"O Conselho de Segurança vem precisamente para expressar, trazer o apoio das Nações Unidas, do conselho, brindando o processo de pacificação dos colombianos", disse o embaixador do Uruguai, Elbio Roselli, ao chegar à Base Militar de Catam.

Os membros do conselho se reúnem com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e com representantes da sociedade civil. Amanhã (5), eles devem visitar uma das 26 regiões transitórias de normalização, onde cerca de 7 mil integrantes das Farc se preparam para deixar as armas e se desmobilizar.

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